Luta de professores em Campo Limpo


Enfim, o prefeito Zé de Assis recebeu uma comissão de professoras que apresentou as demandas da categoria. Enquanto aguardavam o desenrolar da reunião que estava marcada para 16h e começou às 16h40, os professores se atualizavam de suas carências nas diferentes unidades e chamavam a atenção e ganhavam a simpatia dos motoristas que cruzavam a avenida Adherbal da Costa Moreira.

Quase 100 pessoas compareceram ao movimento desta vez. Infelizmente, pelo chá de espera, nem todos puderam aguardar o fim da reunião. Já passava das 20h quando as professoras Ivone, Cristiane Damasceno e Andréa Amato desceram para dar um parecer sobre o desenrolar da reunião. Em algumas horas disponibilizo o vídeo para que possam aferir com detalhes o saldo da reunião.

De causar delírio foi ver um Guarda Municipal, que integra o grupo que não deixou os neurônios congelados como outros de seus pares, passando e aplaudindo as professoras e professores! Quem foi? Não digo nem que me leve ao DOI-CODI.

Os motoristas que passavam e entendiam o que era o protesto também participaram. Virou um buzinaço a avenida. É, Zé de Assis, os tempos mudaram. A cidade não tem mais medo de Coronel e aquela terra sem lei do final dos anos 1970 início dos 1980, com o império do medo da ditadura já vai longe. Está na hora de tirar a poeira da mente, viu?

Saldo da reunião
De tudo que ouvi sobre o saldo da reunião da comissão de professoras com o Alcaide o que achei mais "RIDÍCULO" foi ele dizer que uma vez enviado o PLANO DE CARREIRA para a Câmara, as professoras passariam a depender do Legislativo. Ora, se ele conseguiu maioria na votação do projeto ESDRÚXULO que foi o 571, porque haveria algum empecilho para isso?

Na 26ª sessão ordinária, sr. Zé de Assis, TODOS OS VEREADORES expressaram apoio à causa das professoras inclusive o seu líder de governo. Logo, pressupõe-se que neste ponto, não há nenhuma voz divergente. A menos que seja sua vontade fazer cena. Enviando o projeto e pedindo para que seja rejeitado. Aí, é outro Carnaval.

Política x politicagem
Desde os primeiros passos da mobilização as professoras estão ENFATIZANDO que os objetivos não são "políticos". Isso é verdade e eu entendo muito bem. Porém, quero ampliar a questão. As reivindicações não cumprem o atendimento de POLÍTICA ELEITORAL. Ou seja, não é para pedir voto daqui a alguns meses como o Alcaide intenta fazer de novo ou mandar que façam.

As reivindicações cumprem o atendimento de POLÍTICA PÚBLICA! 

E isso independe se o prefeito é Zé de Assis ou Emanuel Moura. 

É tão difícil assimilar isso? Tem medo que algum professor ou professora se torne candidato? Já disseram que não é este o foco. E se, depois, por qualquer motivo, mudarem de ideia? Vocês acham mesmo que liderar um movimento assim torna alguém ameaçador? Se sim, vocês comprovam o quão pequenos, aliás minúsculos, são.

Algum capataz deve ter vomitado alguma pérola em função da presença do professor Evando Giora. Que é servidor no Estado e obteve, sim, uma expressiva votação no último pleito tanto que é, hoje, o primeiro suplente do PT. Porém, seu êxito é fruto de muitas campanhas eleitorais e muitos outros trabalhos realizados sem nenhum alarde. Na discrição de uma sala de aula. Na conversa de boteco. Na confraternização com amigos.

Sejam razoáveis e eliminem este argumento idiota de que as reivindicações cumprem uma pauta "eleitoreira" ou é politicagem. Estamos vendo uma articulação consistente, persistente e séria de POLÍTICA PÚBLICA. Quem faz politicagem, e de um nível baixíssimo, são vocês, membros do Clube da Vingança.

Prestação de contas
Bom lembrar ao Clubinho, que pelo menos 80% do professorado que hoje se articula para cobrar, acreditou em PROMESSAS! A bem da verdade elas precisariam ter recebido PROPOSTAS. Mas como acreditaram nas promessas elas não querem nada mais além do cumprimento delas.

Não tem capacidade para atender por causa da folha de pagamento que superou os 53%, quando o limite prudencial (tão defendido pelo secretário de Finanças em 2013) é de 51,3%? Hum... De quem foi a brilhante ideia de fazer de Campo Limpo uma fábrica de cabide?

Prometeu menos horas de trabalho e mais salário. E agora? Se vira! Não conhecia a realidade financeira do município? Mentira!!! Até nós que estamos de fora sabemos quanto entrou e onde gastou (ao menos os dados oficiais) os outros a gente só pensa, não fala pra vocês não nos processarem.

Os balanços e a publicação das despesas na internet não é coisa de 2013, começou bem antes. Por que não estudou antes, para saber o que podia ser PROMETIDO posto que vocês não tinham PROPOSTA CONSISTENTE E PLAUSÍVEL?

Transferência de culpa
Em algum momento do relatório da reunião, a professora Cristiane cita que o Alcaide teria sido mal assessorado e que, por isso, falhou uma questão relativa a material didático. Aí, pergunto: se o problema foi de Marlene, Marcão ou Vinícius, porque é recorrente a lenda urbana de que a primeira passou a integrar os quadros do Colégio Objetivo? 

Eles ocuparam o comando e davam a canetada final. Se eles, sozinhos, podem ser responsabilizados por erros desta natureza, de que servem os que estão abaixo dele? Vieram de onde? Do setor de obras? São mesmos profissionais de Educação? Querem mesmo prestar serviço à comunidade ou é só uma fonte de renda fácil?

Considerando, que no quesito de centralização e intransigência Armando Hashimoto e Zé de Assis podem dar as mãos e passear na floresta, essa de transferir culpa NÃO COLA! É sabido que o Alcaide decide de quem e quais indicações serão atendidas. Considerando que indicação é o tipo de propositura mais simples do Legislativo, é possível mesmo acreditar que decisões importantes da Educação não foram tomadas por culpa de terceiros? Ora, faça-me o favor!


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