Saúde poderia, sim, ser pior

É recorrente que em cada município algumas pessoas arvorem a bandeira do discurso que 'só-está-ruim-porque-não-era-eu-quem-cuidava'. Esta métrica é mais repetida a cada troca de governo. Não sei até quando esse amadorismo vai ser mantido, mas, enfim, ele está aí de norte a sul do País. Em Campo Limpo Paulista, o que mais se diz é que a saúde teve 'dois médicos como gestores e está um descalabro'. O que dizem, os opositores de sempre e a situação de agora, é que em 16 anos, 'nada se fez', 'tudo se abandonou'.

Quando são apresentados dados referenciais com relação a outras cidades dentro da região que estão inseridos e faz-se lembrar que o problema da saúde não é uma questão pontual de município, mas, sim, uma crise federal, a turba se levanta contra dizendo, grosso modo, que 'não tem nada a ver com a cidade dos outros!'. Tenho até a sensação que essas pessoas vivem em um ilha ou até mesmo uma República Federativa Independente Municipal.

Há os que dizem que não seria possível estar em piores lençóis. E que todos os problemas têm um único culpado que não deve ser só criticado, deve ser, punido, malhado, execrado, "massacrado" publicamente. Entretanto, afirmo, sem medo de errar, que no caso específico de Campo Limpo Paulista poderíamos, sim, estar em piores lençóis.

Cobranças

Esta semana, os vereadores passaram a ser criticados por elevarem o tom do discurso na 4ª sessão ordinária realizada no dia 19 de março. Argumentam que dos dez, sete não novatos, mas moradores antigos da cidade. Contudo, ser cidadão há muito tempo só ajuda a compreender melhor o alcance de um problema, agora, estar na função legislativa não significa que vão conseguir mudar as regras de um jogo que é muito mais amplo, com muito mais jogadores que apenas a esfera municipal.

Políticas externas

O que fez mesmo o PT há 10 anos no governo federal? Há algum lugar neste país com ventos favoráveis na saúde? Se houver, me avisa, que estou indo pra lá. Existem critérios adotados pelo SUS para o repasse de verbas e destinação de equipamentos que não são úteis nem para cachorro, quanto mais para gente. O problema elementar é grana. Por isso o movimento Saúde Mais 10 está pleiteando o aumento de recursos para o setor.

Jarinu mesmo, de onde Campo Limpo "ganhou" tantos gestores, está há algumas primaveras para fazer funcionar uma Unidade de Pronto Atendimento que foi orçada em R$ 2 milhões. Campo Limpo tem o seu hospital ao custo de R$ 17 mi, sendo R$ 11 mi de recursos municipais. Faltam equipamentos? Sim. Mas, agora, não está mais em construção e a UTI que foi abertamente atacada pela oposição que agora é situação, eles mesmos já reconheceram que precisa do governo do Estado para custear. Exatamente o mesmo discurso de quem antes condenavam.

Considere-se, a tabela a seguir:


Inseri Francisco Morato, porque é corriqueiro o atendimento de pessoas de lá em Campo Limpo. Basta questionar qualquer profissional do Hospital de Clínicas. O mesmo é comum com os moradores de Várzea e Jarinú. Ou seja, os R$ 85,19 por habitante tem de ser rateado entre pacientes de outras cidades.

Tudo bem que o SUS é universal, mas por que Várzea, que figura como a terceira colocada no repasse deste fundo, apenas em 2012 iniciou a realização de partos e apenas este ano é que começou a realizar cirurgias de baixa complexidade? (notícia recente (clique aqui))

Discurso oco
Quando uso as cidades em volta como exemplo, parto do princípio que estamos numa cadeia que, infelizmente, nos engessa, e muito. Quem pleiteou tomar o poder, sabia ou deveria saber destas condições e, se atacasse, o fizesse sabendo como resolver.

Na verdade o ataque sempre foi gratuito e oco. Tanto que o descalabro é geral. Concluindo, o problema é grande, sim. Em Campo Limpo, poderia ser pior. Para melhorar, as variáveis dependem, claro, de boa gestão interna e também de mudanças imediatas na politica nacional de saúde pública.

48 anos, nossa cidade, nossa vida.


Por Neive Noguero
Neste dia especial para nossa cidade e sua gente, além de festejar, temos que buscar uma reflexão, que seja feita sem paixões de grupos e posições politico partidárias. Infelizmente é da natureza humana (maioria) enaltecer o seu feito e denegrir o do outro. Embora com muita coisa a se fazer (natural), nossa cidade ao longo destes 48 anos avançou muito em diversas áreas, fruto de trabalho de muita gente, remuneradas ou não.

A cidade com um povo extraordinário, Campo Limpo Paulista está pronta para um salto de qualidade ainda maior. Nosso dever é procurar como moradores(as) contribuir com este processo. Participar, ativamente, da vida de nossa cidade. Diferentemente da opinião do atual prefeito, tenho convicção que em nossa cidade existem pessoas competentes, que em muito podem contribuir com a qualidade de vida de todos nós, independente de partido político, muitas aliás fora do processo partidário.


Acerca de Neive Noguero, já falei abertamente de minha admiração e reitero cada vírgula publicada no Jornal "O Pêndulo", Edição nº 863, de 20 a 26/07/2012. Reproduzo a seguir na íntegra:

Honra a quem tem honra

Procrastinei muito a edição deste artigo. Primeiro, estava reticente quanto a fazer uma propaganda eleitoral indevida sobre a pessoa de quem quero falar. Segundo, em função de um período de luto, não estava disposto a acirrar discursos.
Contudo, a primeira objeção foi removida pois meu personagem, infelizmente, não é candidato.

A segunda, apesar de manter-me acabrunhado, não impede de também dizer o que penso e sinto. Esta semana, fui impulsionado a escrever sobre este tema. O meu personagem, por um fio, quase se tornou um desafeto. Hoje, porém, mais que um colega de trabalho e cidadão campo-limpense por quem tenho elevado apreço, orgulho-me de computá-lo no rol de amigos. Sem mais rodeios, refiro-me a Neive Noguero.

Embora eu esteja muito aquém de ser um “advogado” a altura para defendê-lo (ainda que não precise disso), o mínimo que posso fazer é contestar toda e qualquer manifestação que, mesmo não conseguindo, tenta arranhar sua imagem.

Na edição 15 do jornal “Agora”, Neive é chamado de ex-expoente do Partido dos Trabalhadores (PT) e, segundo a publicação, vítima de um processo de metamorfose de nome engraçado: “tucanada”. O termo foi usado como forma de responsabilizá-lo pelo esvaziamento e descrédito ao PT local.

Para quem nunca ouviu falar do Neive e tenha alguma coisa contra o PSDB, fica a impressão de que ele errou ao encontrar o entendimento com o atual prefeito Armando Hashimoto, em 2007. Felizmente, o tempo, os registros históricos e até mesmo uma boa memória são elementos suficientes para elucidar todo e qualquer questionamento sobre o êxito de sua decisão. 


Muita gente não entendeu a nobreza de sua atitude e, por falta de visão democrática dos eleitores, ele não foi eleito vereador nas eleições de 2008. Não escondo a satisfação que tive em produzir seus materiais naquela campanha. Infelizmente, não abraçaram suas propostas e não o legitimaram representante.
 

Num primeiro momento, fiquei triste de verdade. Entretanto, isso foi compensado quando passei a conviver com ele como coordenador de Meio Ambiente. Se alguém tinha dúvidas sobre sua disposição para construir dias melhores para nós e nossos filhos, sua atuação, junto com sua dedicada equipe, dirimiu todas.
Neste período eleitoral, alguns podem até tentar ofuscar seus feitos, macular sua imagem, ou coisa que o valha. Contudo, contra fatos os argumentos são inúteis.
 

Sem medo de errar e sem o risco de parecer um bajulador, agradeço a Deus pelo privilégio de conviver com uma pessoa da envergadura do Neive. Disposto, corajoso, sonhador, incansável, dedicado à família, temente a Deus, marido apaixonado, pai dedicado, cidadão visionário.
Não o tivemos, ainda, como vereador, mas o ganhamos como servidor de primeira grandeza. À frente de seu setor, contribui para que o município pense e avance nos temas de sustentabilidade. Fez questão de ir em quantas comunidades quanto possíveis semeando a esperança de que o nosso grande jardim, a Terra, pode ser cuidado a partir do nosso quintal.
 

Bendito seja o dia em que Noguero e Hashimoto aceitaram dialogar e optar pela parceria. Há muitas conquistas, mas não consigo relacioná-las aqui. O curso da história nos permitirá ver os muitos frutos de todas elas. Concluo com um trecho do editorial do Jornal “O Pêndulo”, edição 672, de 22 a 28 de agosto de 2008, que afirma:
“Da mesma maneira, tem forte simbologia (e emociona) a cena, registrada num recente jantar de confraternização, em que o ex-candidato do PT Neive Noguero e a esposa aparecem abraçados com o atual chefe do Executivo (...) revelando que a sinceridade, o bom senso e o engajamento num projeto de desenvolvimento do município, podem, sim, estar acima das rivalidades partidárias.”

Gota d'água...

Por Jean Cunha

Em 28 de dezembro de 2012, exonerei-me da Prefeitura Municipal de Campo Limpo Paulista onde ocupava o cargo de coordenador de Cultura. Imaginava que seria "persona non grata" para a atual administração, mas jamais acreditava que poderia sofrer perseguição política como artista com o Grupo de Ninguém, onde exerço minhas atividades artísticas.

Sim... como diz Luis Alberto de Abreu, só não digo que a cultura local vai de mal a pior, porque ela vai de pior a pior ainda!
Fecharam as portas do Cine Teatro Ayrton Senna, sem transferir os eventos agendados de lá para outro local, sem assistência da parte dos administradores! E pior ainda, sem previsão de reabertura! Quem fecha hospital, que pode curar o corpo, fecha teatro que pode curar a alma!

Fecharam as portas do coreto da Praça Castello Branco, novamente sem transferir os eventos e sem previsão de reabertura!

Então me pergunto, cadê as oficinas de teatro, de ballet, o FEDEST, FETEST, FEMEST, FELEST e o salão estudantil de artes visuais? Que tanto revelaram talentos ao longo de vários anos? Jogos escolares e desfile cívico, ao que sei também já foram cortados do calendário da nova administração!

Sistema apostilado, lousas digitais, um laptop por aluno, também ficaram no passado! Médicos com jornada de trabalho reduzida, demissões e moção de repudio a saúde pela Câmara Municipal também já fazem parte deste novo contexto!

Na área de eventos, dizia o Jornal Agora: "Uma festa como Campo Limpo nunca viu antes..."
Realmente, nunca vimos mesmo... deste jeito prosaico e retrogrado, não mesmo!

Foi a gota d' água...

Nosso grupo de Teatro, Grupo de Ninguém, enviou duas propostas, com expectativa de participar das festividades da cidade, conforme orientações do sr. Rogério Censi e sr. Fonseca! Uma com valor de R$ 1.500,00 e outra no valor de R$ 500,00. Como chance de juntar dinheiro para irmos ao maior festival de teatro do Brasil, o Fringe de Curitiba. Já que pela segunda vez, nós somos o único grupo de teatro de Campo Limpo a atingir tal feito. E já que a Prefeitura deixou claro que não poderá nos apoiar com nenhum centavo! Pois a programação foi divulgada e simples assim, nós não fazemos parte!

O mais curioso é que Rogério Censi vai cantar, e Fonseca também. Ou seja, os organizadores da FESTA. Além do assessor de imprensa da equipe o DJ Coca, também vai tocar. Ai nós descobrimos que Rick e Kelly, é a única atração teatral confirmada. Só lembrando, com todo respeito que tenho, ao trabalho deles, e eles sabem disso, eles moram em Várzea Paulista e sempre atuaram muito mais em Jundiaí. E nós da cidade, com trabalhos reconhecidos e premiados em vários estado do Brasil, não temos espaço! Numa festa que o slogan é A FESTA DO POVO, eu lhes pergunto, que povo? O prefeito amigo do povo, não tá sabendo disso, num tá vendo isso?

Sugiro aos senhores vereadores, que com tanto afinco estão trabalhando e sabemos que podemos contar com eles, pois na ausência de apoio da Prefeitura estão nos apoiando em tudo, inclusive na nossa ida ao Fringe, que expressem ao sr. Prefeito, a atual insatisfação de artistas locais com tais gestores, que aparentemente se auto beneficiam e excluem outros artistas locais de atividades culturais e artísticas.

Conto com vocês Flávio Geada Cardoso de Moraes, Leandro Bizetto, José Riberto Silva, Maria Paranhos, Jura PV, Rosinha do Ônibus, Tonico, Betinho BC Manutenção, Borjão e Jorge Mello. Além de toda a população que de alguma forma, direta ou indiretamente gostariam de MAIS CULTURA, nesta cidade! Que o movimento MAIS CULTURA, se estenda e se multiplique, na intenção de cobrarmos aquilo que sabemos que está ao alcance dos gestores e não está sendo feito!

Pra mim o desfecho desta festa, foi a gota d' água!

... Olha a gota que falta, pro desfecho da festa, por favor.
Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa, e qualquer desantenção, faça não, pode ser a gota d' água! (Chico Buarque - Gota D' água)

Não consigo fazer festa


Esta semana, bem quisera baixar a guarda e ser menos beligerante, mas o frigir dos ovos não pede uma omelete. A cidade completa seus 48 anos de emancipação e a pauta de aniversário tem mais lamento que folguedo. Meus opositores vão alegar que estou lamuriando por estar fora da Prefeitura. Discurso de desinformado que, com prazer, vou desconstruir.
Estou fora, sim, por opção e não por imposição. Tinha um cargo de concurso como inspetor de alunos, mas fui mantido como assessor de comunicação, atribuição  que já exercia antes de prestar concurso.

‘Desvio de função!’, vai gritar a turba! Qua qua qua... Berrem! Afinal, a “nova” administração tem agido de modo bem cínico no que compete a definição de nomes para múltiplas pastas e funções.
Em 2002, comecei como diagramador e arte finalista na gestão do ex-prefeito Luiz Braz. Permaneci nas duas gestões do ex-prefeito Armando Hashimoto com as mesmas atribuições. Felizmente, por não ser braço curto, fui crescendo profissionalmente a ponto de poder produzir matérias sobre todas as editorias. Enfim, cresci.

Se quisesse ficar exposto ao espírito de vingança que permeia dos porões à cobertura da gestão municipal, poderia ter sido designado em alguma escola cujo acesso fosse o mais difícil para mim, uma vez que resido em Várzea Paulista desde junho de 2010.
Entretanto, ainda que meu candidato a prefeito tivesse logrado êxito em sua campanha, já havia delineado viver novos desafios profissionais. A decisão foi acertada. Felizmente, tanto posso lançar mão da experiência de dez anos na Prefeitura, quanto agregar valor pela possibilidade de aferir algumas nuances do Legislativo que não tinha a oportunidade de fazê-lo.

Paralelo a isso, estou alçando novos vôos na área religiosa, bem como consultor de comunicação para diferentes tipos de clientes.
No âmbito pessoal tenho, sim, o que celebrar. Entretanto, na questão coletiva o rojão fica guardado até segunda ordem.
A cidade comemora aniversário em um clima de não-sei-que-rumo-tomar. Os promoters da nova situação vendem a imagem de que estão aplicando uma vasta experiência para reconstruir a cidade.

A mentira adotada como estratégia para chegar ao posto de comando, infelizmente, não foi substituída por alguma verdade no exercício de qualquer traço de governabilidade.
A cidade tinha, sim, problemas na prestação de serviços, entretanto, não estava arruinada, destruída, abandonada como tenta convencer a trupe que, neste momento, conta com integrantes que sentem-se bolsa de grife quando não passam de saco de pão.
No mês de aniversário, o próprio prefeito veio a público e afirmou que, entre 75 mil campo-limpenses, não encontrou técnicos com experiência em administração pública. Isso, a meu ver, é um golpe no cidadão e uma humilhação.

A equipe teria sido encontrada em Jarinu, uma cidade com 25 mil habitantes e com metade dos recursos financeiros de Campo Limpo.
Aliado a isso, tem uma fragorosa piora no atendimento de Saúde, um vertiginosa queda na qualidade de atuação dos gestores de Educação, uma busca sem fim de um bode expiatório na Assistência Social.
Em situação que contando ninguém acredita, o próprio vice-prefeito, Marcos Roberto Martins, disse abertamente que, por ter sido sistematicamente preterido, não faz parte da administração que ajudou a chegar ao poder.

Os partidários alegam que é preciso dar tempo para que os gestores tomem pé da situação. Ora, se tanto tempo tinham para atacar, desmerecer, criticar, condenar, execrar, massacrar a quem queriam substituir, deviam ter aplicado parte deste tempo na preparação para ocuparem o lugar.

Por esses e outros motivos, não tenho porque fazer festa, mas se esperança serve de alguma coisa, ela fica no coração, lugar de onde não pode sair. Espero que ela também não seja deixada de lado pelos demais cidadãos. Afinal, governos duram bem menos do que nós e nossos filhos. E a construção de uma cidade melhor depende da perseverança de todos.


Inversão da caçada



Em postagens no Facebook, partidários e simpatizantes no "novo" governo executivo de Campo Limpo Paulista reivindicam que as notícias "boas" tenham melhor repercussão. Ou seja, agora é preciso elogiar, ovacionar, render louvores, comentar com bajulação ao cacique acerca de quem um certo promoter usou linguagem bíblica para dizer que "se calarão diante do rei" (sic!). Outra reivindicação é que as postagens sejam propositivas e não de ataques.

Mão de obra importada

O atual jornal "Tribuna Regional" que antes era "Tribuna de Jarinu e Região", esclareceu porque a Prefeitura da Campo Limpo Paulista virou uma embaixada jarinuense.

De acordo com declaração do sr. Assis, em entrevista publicada na edição 259 (9 a 15 de março) a cidade não dispõe de recursos humanos com a experiência e qualificação que ele julgou necessárias.

A "experiência" procurada não foi encontrada nem para cargos de primeiro escalão (secretários, diretores e coordenadores), nem para os servidores de nível operacional.

Bem, a título de exemplo, em uma única pasta, a de Assistência Social, a ex-diretora Vera Gonçalves, é formada em Assistência Social, com pós-graduação em gestão pública. Ao invés de ao menos respeitar a servidora, optaram por transferí-la para o setor de saúde o que vai forçar a sua busca por qualificação para poder melhor atender a comunidade.

Será que o critério de ocupação dos cargos foi realmente técnico por competência? Ah! Desculpe. Procurou-se, sim:
Competência para bajular;
Competência para mentir;
Competência para desfazer o que é certo;
Competência para transferir culpa;
Competência para buscar bode expiatório da própria incompetência.

Detalhe: Campo Limpo Paulista tem 75 mil habitantes, Jarinu, 25 mil. Até novembro de 2012, as despesas de Campo Limpo e Jarinu foram, R$ 108 mi e R$ 56, respectivamente.


Ampliação de gabinetes dos vereadores

Depois de ler toda celeuma em torno da reforma dos gabinetes da Câmara de Vereadores em Campo Limpo Paulista, orçada em R$ 122 mil, resolvi me posicionar. Vou contrariar a maioria e nem precisam se preocupar na contestação, pois já vi o posicionamento de quem falou. Quem argumenta contra, está convicto de que a obra não deve ser feita. Os poucos favoráveis (que falam e/ou observam), também o estão.

Portanto, não tenho a pretensão de mudar o posicionamento de ninguém. Pelo estado democrático de direito que vivemos, ainda que integrando uma minoria, faço uso deste espaço para me expressar. 

É importante a aferição popular quanto à aplicação de recursos públicos? Fundamental! Útil a balbúrdia por este tópico em especial? Tenho cá minhas dúvidas. Nunca vi mobilização sequer menor quanto a gastos com Carnaval, por exemplo.

Este ano, os mesmos vereadores que, segundo toda mobilização, não poderiam ampliar o espaço de atendimento à população, aprovaram a liberação de R$ 51 mil para serem distribuídos entre três escolas de samba e mais blocos carnavalescos. Além deste recurso, a Prefeitura gastou mais R$ 14 mil em banda, decoração e contratação de jurados. Só aqui totalizou-se R$ 65 mil que evaporaram, ou melhor, foram aplicados no "pão e circo" tal qual o milenar modelo romano de dominação.

Se considerar que nenhum prefeito ou vereador teria coragem de não repassar este dinheiro sob o argumento de comprar remédio de alto custo, bancar o transporte escolar de um número X de alunos, pressupõe-se que em 2014, esse mesmo gasto se repetirá. Se não houvesse reajuste algum ao longo de 4 anos, o Carnaval com sua longuíssima duração de horas, totalizaria um gasto de R$ 260 mil reais! Uau!

APLICAÇÕES DOS R$ 122 MIL
Concordo com a Tatiane Pressato que a instalação de elevador para pessoas com dificuldade de mobilidade é importante, diria até, fundamental. Especialmente neste momento que os deficientes ou pessoas com qualquer nível de complicação da mobilidade tem se mostrado mais interessados em participar, reivindicar, exercerem suas atribuições como cidadãos em plenitude.

Foi dito que o dinheiro deveria ser aplicado para contratação de médicos. Pois bem. Se um médico ganha, R$ 5 mil --planejamento do prefeito anunciada no dia da posse--, ao longo de um ano, este médico custará, R$ 60 mil, ao longo de dois, R$ 120 mil. E, tchau. Acabou o recurso.

ESPAÇOS ALTERNATIVOS
A Ana Santos, que já teve vivência como assessora parlamentar, está correta em dizer que tem as cadeiras do plenário. O Guilherme Hilário também procede em sua afirmação de que as abordagens possam acontecer na rua. Entretanto, se é possível melhorar a estrutura física, por que, não?
Com experiência parlamentar neste momento, a ponderação do assessor Oziel Rodrigues é legítima. O espaço é exíguo, sim, e quem por lá passa merece ser recepcionado em condições melhores.

Atualmente, se um vereador quer prestar um atendimento melhor para qualquer munícipe é preciso lançar mão da sala de reuniões que nem sempre está disponível. Agora e sempre, dos dez vereadores apenas o presidente usufrui de espaço amplo e confortável. Nem quero imaginar o que era aquele espaço com 17 vereadores.

OBSCURIDADE
Quanto a "obscuridade" insinuada pelo membro David DeLira, acredito que seria legítimo o questionamento se o valor não fosse revelado. Mas, a despesa já foi apontada, uma vez aprovada na segunda votação, como o valor excede aos R$ 8 mil (não é possível fazer compra direta), haverá licitação. Ora, não vejo onde esteja o obscurantismo.

A equalização de muitos apontamentos competem ao executivo. Segundo dados do Portal da Transparência e do Tribunal de Contas do Estado, no primeiro bimestre deste ano, a prefeitura arrecadou mais que no ano passado e gastou menos. (vide detalhamento abaixo). Logo, muitos dos problemas apontados podem ser resolvidos independente da reforma.

Receitas
Mês/Ano.................2012..............................2013..........
01/Jan...................R$ 11.615.750,72..........R$ 12.379.842,79
02Fev....................R$ 9.228.967,00............R$ 10.408.798,67
Total.....................R$ 20.844.717,72..........R$ 22.788.641,46

Despesas
Mês/Ano................2012............................2013...........
01/Jan..................R$ 1.806.344,93...........R$ 2.197.264,80
02/Fev..................R$ 7.794.043,17...........R$ 7.099.805,25
Total.....................R$ 9.600.388,1...........R$ 9.297.070,05

 
MUDANÇA TARDIA
A bem da verdade, a Câmara já devia ter mesmo espaço próprio melhor projetado. Louveira, que é uma cidade bem menor que Campo Limpo tem Casa de Leis com melhor estrutura até mesmo que Jundiaí (exceto pelo anexo onde ficam os gabinetes).
Este espaço novo só não existe ainda porque outra mobilização popular contrária à aquisição de terreno logrou êxito.

De acordo com o Tribunal de Contas, em 2008 aparecem os lançamentos da despesa para "aquisição de Imóvel (Terreno) c/ 3.004,35 m², Sub-Gleba nr: 11 da Gleba 15, do Sítio Lagoa Branca, Campo Limpo Paulista-SP, origem transrição 41.366 do 1º Reg. Imóveis Jundiaí-SP. cadastro Pref. Munic. CLPSP n.01.141.007.001". Conforme dados disponíveis no Portal do Cidadão, um lançamento de R$ 60 mil em janeiro e outro de R$ 120 mil em fevereiro do mesmo ano, totalizou R$ 180 mil só no terreno.

À época, a transação foi muito criticada e os vereadores daquela legislatura retrocederam. Afirma-se que o principal argumento da pressão popular foi um preço acima do praticado pelo mercado. Não posso aferir o que havia ou não de fundamentação, o fato é que a compra foi desfeita.

AMPLIAÇÃO LEGÍTIMA
Enquanto não entra na pauta da Câmara um projeto similar (de novo prédio próprio), a ampliação é uma pauta plenamente realizável. As novas dimensões não serão tão vultuosas, como mencinou o sr. David. Ainda bem! É de se esperar que a melhora de uma coisa não piore a outra, ou seja, o plenário da Câmara, que já é pequeno, não poderia ser diminuído ainda mais. Novamente recorrendo a Louveira, lá o auditório comporta, confortavelmente, 400 pessoas.

De qualquer forma, uma vez executada, a obra estará lá sendo usada por tantos quantos tenham interesse nesta e nas lesgilaturas vindouras.

A mentira como estratégia

Mentir, infelizmente, é uma prática que marca o lado humano menos aprazível. É uma das habilidades que nem precisa ser ensinada, parece vir no DNA. Enquanto crianças, somos veementemente corrigidos pelos pais por causa de algumas mentiras mirabolantemente montadas para, por exemplo, não ir à escola.

Memória campo-limpense: 1997 o ano da virada


Um "livretinho" <clique na imagem para abrir> para ajudar a avivar a memória de quem, eventualmente, possa tê-la embotado no meio do caminho. 








Prefeitura arrecada mais e paga menos no primeiro bimestre

A história do "tô sem dinheiro", "deixaram muita dívida", fica cada vez menos crível. Segundo dados disponíveis no Portal da Transparência do Município e do Tribunal de Contas do Estado, este ano, a arrecadação aumentou em R$ 1.943.924,04. Em contrapartida, considerando o mesmo período (jan/fev) em 2012, o pagamento de despesas foi R$ 303.318,05 a menos.

Quando um fala...

Na última semana, o mundo político de Campo Limpo Paulista sentiu um abalo sísmico que foi sistematicamente ignorado pelos novos detentores do poder. O vice-prefeito, Marcos Roberto Martins (PPL), mais conhecido como Marcão, veio a público primeiro via redes sociais e, depois, por mídia impressa afirmar: "NÃO ESTOU FAZENDO PARTE DA ADMINISTRAÇÃO ATUAL".

Uns reclamam, outros trabalham




Um amigo jornalista, João Pachelli, publicou em seu mural no Facebook: "A nova administração de Várzea Paulista está dando um banho de como gerir uma cidade. Sem recursos e com um endividamento de mais de 90 milhões (80% do orçamento municipal), a administração "Tempo da Reconstrução" arregaçou as mangas e já fez muita coisa que o antigo prefeito não fez durante sua gestão."

Experimento socialista


A postagem a seguir não tem autoria definida, encontrei como comentário de um perfil no Facebook "Rodrigo Campanini Rubio". Embora não dê para atestar a veracidade do experimento, quer seja um conto ou um fato, o que expressa traduz o que acredito e é um retrato fiel do que vemos hoje no Brasil.

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Integração regional

Considerando que há pouquíssimo tempo as discussões comparativas na região consideravam as ações governamentais entre Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista e, considerando que há menos tempo ainda, Jarinu entrou na pauta campo-limpense por razões ainda não totalmente esclarecidas, tomei o cuidado de compilar as receitas e despesas de 2012 das Prefeituras e Câmaras das três cidades já divulgadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Até o momento, só estão disponíveis os lançamentos de janeiro a novembro. Assim que dezembro se tornar disponível, complemento a pesquisa.

 
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