A FALÁCIA DO NINGUÉM PRESTA

Em mais algumas semanas, centenas de homens e mulheres vão estar autorizados a pedir voto. O instrumento de expressão da cidadania que, se bem utilizado, define a prosperidade ou a ruína de uma cidade. 

Terá gente de toda qualificação e qualidade. Nem sempre uma coisa está atrelada a outra. Pode ser concursado aprovado em primeiro lugar como fiscal de posturas, mas se for picareta, ainda pode deixar um rastro de incompetência. Assim como pode ser um semi-analfabeto (embora eu discorde a Constituição autoriza), mas pode ser honesto e deixar um legado. 

Fato é que terá candidato para todos os gostos. Infelizmente, também terão candidatos para todos os bolsos. Esse, porém, é outro assunto. 

Quem não vota é tão irresponsável no não exercício da cidadania, quanto quem vende o voto. E muitos desses ainda arrotam valentia e superioridade alegando que 'ninguém presta'. A pergunta que não respondem é: Por que não se apresentam como opção para, ao menos em tese, ter alguém que preste?

Ao acusar a todos de imprestáveis, esse tipo de gente esquece que ele também se inclui. Posso dizer por mim: eu presto. Só não me habilito a buscar votos. Mas reconheço a disposição de quem o faz, quer eu concorde ou não com suas ideologias. 

O julgamento e sentença desse tipo de gente do bordão "ninguém presta" não se baseia em fatos, análise de dados de cada pessoa, mas na pura e simples preguiça mental, desonestidade intelectual e irresponsabilidade cívica. 

 
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