Atlas do Desenvolvimento divulga índices campo-limpenses


O Clube da Vingança pleiteou o poder dizendo que "em 16 anos de PSDB" isso, aquilo e aquilo outro sempre com tom depreciativo. Eles seriam os únicos capazes de revolucionar, mudar, resolver, construir, ops, (re)construir (quaquaráquaqua). 


Pois bem. Enquanto os tucanos argumentavam (e argumentam) com suas atividades, há um sem número de pessoas para refutar, dizer que é mentira, discurso pago, dados distorcidos blá blá blá. Não vou entrar no mérito da questão. Há problemas a serem resolvidos na cidade? Como digo sempre, seria idiota se dissesse que não. 




Fato é que órgãos isentos de conchavos políticos apontam que entre 1991 e 2010, Campo Limpo Paulista teve um incremento no seu IDHM de 51,68% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (35,47%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 53,14% entre 1991 e 2010.

Isso não significa dizer que "basta". As conquistas não são exclusivas deste ou daquele "sassá mutema" em questão. Tudo é um acúmulo de conquistas onde o mérito, de fato, tem de ser dado ao povo e não a alguns indivíduos que pretensamente querem se apresentar como os grande solucionadores. Um pouquinho de humildade não faz mal a ninguém. Aliás, até faz. Os arrogantes, prepotentes, mandatários, levianos, mentirosos, acham que humildade é para os fracos. 


Clique aqui para acessar no site do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

Se preferir baixar um arquivo em PDF, clique aqui.

A quem se quer enganar?

No final de junho, a Prefeitura de Campo Limpo Paulista anunciou que não faria mais a Festa Julina deste ano porque não tem dinheiro e precisaria destinar os recursos que seriam destinados ao evento para a pasta da saúde. Dias depois, a cidade é bombardeada com propaganda institucional sobre a realização de dois eventos. Tive, então, que fazer coro aos protestantes sobre este imbróglio. 

Fazer a Festa Julina não dá, mas realizar Marcha Para Jesus e encontro de rock, isso dá. Sou evangélico e, o que vou postar agora, vão dizer que estou agindo como Judas, mas estou mais para Tomé. 

Quando todas as entidades que aguardavam com alguma expectativa a realização da Festa Julina foram surpreendidos com a ação benemérita, quase filantrópica de gestores que decidiram "assim!" tirar dinheiro de Cultura e Lazer para custear a Saúde no município.
Estima-se que o custo total de uma Festa Julina, considerando (locação de barracas, palco, som, iluminação, segurança, cachês de artistas, divulgação, transporte de artistas, alimentação de funcionários e convidados), pudesse ficar entre R$ 45 a R$ 60 mil. 

Se o Governo da desconstrução, que insiste em se vender ao contrário, precisa tanto conter gastos, então, que fechem todas as torneiras. Eu cheguei a presumir que a Marcha Para Jesus fosse algo apenas com o "apoio" da Prefeitura. Ou seja, autoriza o local, disponibiliza ambulância com profissionais, autoriza apoio da GM. Contudo, o spot usado no carro de som identifica o poder público municipal com "realização". Logo, fica explícito que estão indo muito além do mero apoio logístico. O mesmo se dá com o encontro de rock. 

Não sou contra nenhuma manifestação cultural e religiosa. Todos têm e devem, sim, expressar o que acreditam. Desde que a ordem seja mantida, tudo é lícito, convém e algum benefício trará. Nem que seja o bem-estar mental e espiritual dos que são contemplados com a ação. 

Mas, será que por alguma razão querem, agora, convencer que tudo isso vai acontecer na base do "0800"? Não vai haver nenhum custo de transporte, alimentação? Todo mundo canta e toca por ação filantrópica? Som também não terá custo?

Já foi postado no Debate Campo Limpo Paulista (grupo de debate do Facebook voltado para a cidade) sobre esta incoerência de cancelar um evento, mas aparecer com outro(s). Houve quem jogasse muitas pedras em quem suscitou o questionamento.

Há quem se oponha com fervor a toda e qualquer destinação de recurso público para eventos que tenham algum caráter religioso. Não sou hipócrita para sair pregando contra. 

Como evangélico, não condeno nenhum apoio financeiro que é prestado a eventos católicos ou de outras expressões religiosas. Não pagaria um vintém para ver certos tipos de rock, mas se o estilo musical existe, ele deve, sim, ser incentivado. Se para os gêneros musicais que seriam ouvidos em uma Festa Julina não têm recursos, logo, outros eventos com foco musical também não deveriam ocorrer. Se está cortando de uma coisa, que se corte também da outra, ou que se deixe para ambos.

Os partidários e defensores dirão: 'Mas a Marcha e o encontro de rock são mais baratos'. Não interessa! É dinheiro que a trupe da mentira alegou não ter, como de repente, o recurso existe? A propósito, qual era o orçamento da Festa Julina e como pretendem fazer a destinação para a saúde? Quando falarem do orçamento, considerando o adiantado da data em que anunciaram o cancelamento, favor informar os itens orçados, os fornecedores e os artistas. 

Vocês, senhores membros do Clube da Vingança, podem enganar um grupo de pessoas por algum tempo, mas não a todas as pessoas por todo o tempo. 

Lembrete costumeiro:
NÃO TENHO NENHUM PARENTE PARA VOCÊS DEMITIREM, OU TIRAREM DE FUNÇÃO.

Maus políticos podem gerir melhor que os populistas


Pois é. Como político o Armando Hashimoto, ex-prefeito de Campo Limpo Paulista (gestões 2005/2008 e 2009/2012) é um bom carpinteiro. Tenho restrições mil com seu comportamento ainda que tenha trabalhado como funcionário da Prefeitura de Campo Limpo Paulista por 8 anos.

Contudo, como gestor vou sempre ter de ficar elencando o que foi realizado por ele. Inclusive coisas que os atuais ocupadores de poder tentam mudar o nome, o uso, a função para tentar apagar. Contudo, ignoram a memória popular. Não é tão magnânima, mas também não é tão pueril como querem os atuais pseudos-gestores.

Prioridades do governo

A arrogância do Armando é, sim, folclórica. Contudo, até o Calico que foi candidato a prefeito pelo PSB reconheceu que a malha viária da cidade teve melhora. 
O hospital que querem regionalizar, uma obra de R$ 17 milhões, sendo R$ 11 mi, só de recursos campo-limpenses também aí está só para ser gerido, não está mais em construção.

Tem ainda as gestões junto à Sabesp para os investimentos na rede de abastecimento de água (há mais de 4 anos o campo-limpense não se queixa disso) e tratamento de esgoto.


Foi um tolo ao ir diminuindo a projeção da Estação Juventude em função do Ponto de Apoio. Era necessário desenvolver este último, sem contudo, fazer definhar o primeiro. De qualquer forma, em se tratando de Educação, inseriu na cidade recursos tecnológicos como lousas digitais e computador por aluno (classmates) que recentemente foi pauta do Globo Repórter.



Também ainda como gestor, deixou um legado de mais de 70 bolsistas estudantes que escolheram na Faccamp o curso que satisfazia seus anseios profissionais (um benefício assegurado por lei até 2017). Também inseriu o auxílio transporte para campo-limpenses que estavam fazendo curso superior em outra cidade pela inexistência do mesmo na cidade. 

No ensino técnico, um gargalo para formação de mão de obra qualificada no país, começou com uma extensão de Logística e Administração do Centro Paula Souza, no Monlevade, hoje, a cidade tem a própria unidade o que ampliou oportunidades para campo-limpenses e moradores de cidades vizinhas.



Não teve sensibilidade, foi moroso, birrento no que diz respeito a dar benefícios salariais aos servidores municipais. Mas ao menos abriu um programa de pós-graduação para professores da rede municipal. 

O atual ocupador do poder, Zé de Assis, está arrotando superioridade com 7% de aumento. Engraçado que o que se ouvia era que ia dar 15%. Ah! Eles usam as dívidas como desculpas. Bem. Mais uma prova de incompetência, se soubessem o que queriam fazer, teriam estudado o orçamento da cidade antes. É público. Não é secreto. Está acessível em diversos meios. Eu não entendo, mas quem arrota experiência e competência deve saber o que diz cada coluna e cada campo de um balancete financeiro.


É, o Armando não deixa saudades como político, mas como gestor, está fácil entender porque tem gente na cidade dizendo que já sente falta dele. Hum.... isso deve dar uma tremenda dor de cotovelo.


Outra coisa que deve justificar a saudade tão precoce do Armando, que o Clube da Vingança está fazendo manifestar são os investimentos em festivais estudantis. Mesmo sendo um muquirana, que para liberar verba para um simples troféu tinha que ficar adulando, o Armando autorizou a criação de festivais estudantis que já renderam gratíssimas surpresas em Dança, com o FEDEST (o mais concorrido), Literatura, com o FELEST, Música com o FEMEST, além do de Monólogos, e de Música Gospel. 



Todos esses integraram o calendário estudantil além do FETEST que é um clássico e é (ou era?) uma verdadeira vitrine de talentos. A dúvida no tempo verbal sobre o FETEST é porque, este ano não se cogitou absolutamente nada sobre o assunto.

Ah! Esqueci. Fecharam o teatro municipal alegando dano estrutural, mas até hoje o prédio está de pé. Os outros problemas: extintor, forro, parte elétrica, portas de emergência, não precisaria de 5 meses pra corrigir. É assim mesmo, "incompetência a gente vê por aqui."

Nova moda: o ócio


Temos seríssimas dificuldades de desenvolvimento no Brasil ainda que toda mão de obra economicamente ativa esteja a pleno vapor. Imagina se pegarem gosto por esse negócio de ‘vamos parar tudo!’.

Não é de agora que as notícias sobre falta de profissionais qualificados tomam conta dos principais veículos. O assunto que predomina nas conversas dos ‘especialistas de botequim’ é a vinda dos médicos estrangeiros.

Contudo, muito antes desta balbúrdia os veículos especializados, ou não, retratam o aumento de profissionais estrangeiros para diversas funções no país. 
Em abril deste ano, o portal de notícias G1, divulgou que em Florianópolis há 2500 vagas para o setor de tecnologia. Uma empresa está com 60 funcionários e vaga para mais 60 e não consegue fechar o quadro. Resultado? Contrataram um espanhol.

O jornal “O Globo”, de 25 de abril, aponta que uma pesquisa da Fundação Dom Cabral feita com 130 executivos de empresas de grande porte em todo o país revelou que 92% deles têm dificuldades para empregar trabalhadores preparados para os cargos que oferecem <clique aqui>. 

Entre os principais obstáculos citados na pesquisa, realizada no ano passado, 81% das respostas mencionaram a escassez de profissionais capacitados; 49% citaram a falta de experiência na função; e 42% reclamaram da deficiência na formação básica <clique aqui>.

E, quem diria?! Está faltando profissional para as linhas de produção! A mesma pesquisa da Fundação Dom Cabral, revela que para 52% dos empresários este é o setor mais difícil de encontrar profissionais. 

Os empresários indicaram, ainda, outros setores onde a escassez de mão de obra se manifesta: Planejamento (32%); Logística (23%); Recursos Humanos (20%); Administrativa (18%); Financeira (17%); Comercial (16%) e Compras (11%).
Outra pesquisa realizada pela consultoria Page Personnel, no Nordeste, a falta de qualificação provoca entrave ao crescimento para 66,7% dos entrevistados. Para 45,8% é a baixa produtividade e para 41,7% são os encargos tributários.

No Sudeste, 41,1% dos entrevistados afirma ter dificuldade de encontrar trabalhadores qualificados. Na região Sul, esse percentual sobe para 53,4%. Conhecimento técnico, proatividade e visão estratégica são características que faltam a muitos trabalhadores, de acordo com o resultado da pesquisa. <clique aqui>

Mesmo assim, o que se vê aqui e acolá é uma vibração velada pelas paralisações que pretendem ser formas de protestos para ‘mudar o país’, ‘reivindicar direitos’, ‘lutar pelo trabalhador’, ‘melhorar as condições de trabalho’, blá blá blá.

Tenho usado o ceticismo como travesseiro quanto a esse pseudo-despertar do ‘gigante’. Não acredito em despertar que suporta o ócio, incentiva a intolerância entre os divergentes e, por qualquer coisa, recorre à velha estratégia do cruzar os braços.

Agora, a CUT e correlatos resolveram tentar chamar para si a responsabilidade da articulação isenta de interesses (quaquaráquaqua!). O argumento de presidentes ou postulantes aos cargos é de que estão reivindicando direitos do trabalhador. Será? 

A soma de contribuições sindicais (feitas compulsoriamente) que vem registrada no holerite é bastante vultuosa para um setor que, se não está no mesmo nível dos maus políticos, não tenho dúvidas de que está abaixo. 
Isso porque sempre há um ou outro que se submete a algum poder financeiro maior. Engraçado é que  as vantagens nunca podem ser compartilhadas com os “companhêros”. 

Nunca vi nenhum sindicato ‘brigando’ para que as empresas ampliem seus programas de qualificação. Será que isso não é medo de que quanto mais qualificado for o trabalhador mais questionador ele se torne? Bem. Na dúvida, alguns sindicalistas devem arquitetar: ‘Vamos sempre propor que parem de trabalhar. Assim, os peões acham que estamos lutando por eles, e nós garantimos nossa mamata.’

Manifestações de brasileiros


No dia 17 de junho de 2013, uma segunda-feira, ocorreram diversas manifestações pelo país que participantes e entusiastas querem chamar de ‘marco histórico’, ‘despertamento do gigante’, ‘revolução jovem’, e outros ufanismos.


Perdoem-me os mais entusiasmados, mas tenho o direito de alimentar meu ceticismo e dá lugar a um espírito blasé. 
Apesar disso, fiz questão de comprar os jornais de circulação nacional do dia 18, para integrar a minha hemeroteca. Afinal, são registros obrigatórios de fatos que, independente dos seus desdobramentos, devem servir para alguma coisa.


A data passa, sim, a ter mais um evento a ser citado. O outro, é que neste mesmo dia, em 2009, o Supremo Tribunal Federal derrubava a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. 

Não tenho dúvidas, que pelos números da mobilização, especialmente os positivos, o evento deve ser lembrado. Contudo, tenho o direito de fazer perguntas, uma vez que isso não ofende (ou ofende?). 


Eu também não tenho respostas e, provavelmente, apenas o correr dos dias, meses e anos, de fato poderá, talvez, responder.



1) O 17 de junho de 2013 será relembrado daqui a 360 dias? 



2) Será que nas eleições de 2014 estas manifestações e seus desdobramentos servirão para expurgar Calheiros, Genoínos, Dirceus, Malufs, e outros aloprados afins, verdadeiros ícones do cinismo? 



3) Será que ouviremos menos eleitores perguntando aos candidatos a vereador, deputados estadual e federal menos pedidos, ou melhor, nenhum pedido, para pagamento de coisas prosaicas e passarão a indagar sobre planos de governo? 



4) Será que teremos mais eleitores comparando currículo de candidato para decidir o voto ao invés de fazê-lo pelo jingle mais divertido? 



5) Será que vamos ver a brincadeira com o voto, responsável pelo ingresso de elementos como Tiririca e outros indivíduos que fazem “micagem” com o horário eleitoral nas emissoras de rádio e televisão? 



6) Falando em mídia, será que a audiência da Rede Globo vai, de fato, diminuir? 



7) Se há tanta gente contra a Copa do Mundo, os ingressos disponibilizados serão utilizados apenas pelos turistas? 



8) Será que os pais passarão a acompanhar as atividades dos filhos em suas escolas?

São só perguntas. Não precisa querer me linchar. Não fui à Capital, provavelmente não iria, considerando as narrativas pouco animadoras dos dias anteriores. Também não preciso provar a ninguém quanto à minha cidadania militante.


Sou contra as manifestações? Não. Só não consegui ter certeza que se sabe, de fato, o que se quer. Já disseram que não era só pelos R$ 0,20 de aumento (revogado na quarta-feira) na tarifa de ônibus, metrô e trem em SP. 

Colocaram no balaio: Copa do Mundo, PEC 37, Marco Feliciano (cômico que não ouvi ninguém falar Genoíno, Dirceu, Delúbio). Saúde, Educação, Habitação, Segurança. Ok. São discussões legítimas? Óbvio. E como trabalhar as políticas públicas? Com apartidarismo?


Tem um sem-número de pessoas dizendo que são apartidárias. E daí? Dizer que não gosta do sistema político vai, de fato, trazer as mudanças que se pretende? 

Louvável e assertiva a busca pela consolidação do movimento sem cor partidária. Na segunda, em São Paulo, manifestantes que apareceram com bandeiras de seus partidos tiveram de recolher e participar apenas com a cara. Pela natureza do evento, a restrição é coerente. 


Entretanto, o sistema que vivemos é de representação parlamentar que ocorre pelo pluripartidarismo. Logo, passada a euforia, essa multidão vai se fazer representada pelos caminhos legais?

Teremos pessoas, preferencialmente jovens, saindo do meio da turba para ocupar os lugares dos corruptos que hoje são rechaçados?

A batalha ideológica com o Bolsa Família



Em resposta à imagem acima, considero que quem definia as "bolsas" como esmola era o próprio Lula. Acusava FHC de usar o benefício como cabresto. Puxa! Como as coisas mudam, não? 


A parte bonita do bolsa família é isso, sim: investimento social. Essa é a parte para ser lida, vendida, usada como argumento de defesa. Contudo, a parte prática é dita por quem está na base da pirâmide: "Lá na minha cidade, tem gente que não quer plantar mais porque recebe o bolsa família." Não li em nenhuma matéria, ouvi de um baiano dentro da minha cozinha.

É isso que condeno. Programas para distribuir de renda são obrigatórios. Contudo, a geração de renda também deve ser pensada. Se o governo só distribui, sem exigir contra-partida que custo social pagaremos? O surgimento de uma geração de indolentes? Formando um exército de dependentes? Aumentando a fila de quem tem o Estado como "Grande Pai"?

Prioridades
O Norte/Nordeste precisa, urgente, de investimento decente em irrigação e ou pecuária e agricultura sustentáveis. O século XX foi testemunha de siglas como Sudene e Sudam que surgiram para defender desenvolvimento e, em suma, virou apenas cabide. No caso da Sudene, era para levar água potável, fomentar a qualificação de mão de obra, melhorar a produção agrícola familiar, etc etc etc. 

Enquanto as siglas pululam aqui e acolá, a miséria se consolida, a dependência se aprofunda, e o Brasil que produz paga pelo que se recusa a produzir. Sarney, Renan, Calheiros são todos oriundos de lá. Sarney, inclusive, mesmo sendo maranhense, conseguiu ser eleito senador pelo PMDB do Amapá! Uau!

Abomino a política marxista de Heloísa Helena (PSOL), mas entre ela e Renan Calheiros, os alagoanos deviam ter optado por ela para representá-los no Senado. Em matéria de dignidade e caráter, nem é justo compará-la com o dito cujo.

Ainda em se tratando dos alagoanos, que amarga os piores índices de pobreza do País, conseguiram fazer Fernando Collor voltar ao Senado. A troco de que? Desenvolvimento? Investimento? Ou apenas garantia da "esmola nossa de cada dia"?


A fome como retórica

O apelo emotivo não é justificativa para engessar a nação a longo prazo. A comida deve chegar, sim, mas sempre "fácil"? Por que não investir, de verdade, em programa de irrigação? Sou nordestino de nascimento, natural de Ilhéus-BA. Conheço abundância de recursos hídricos e conheço também a aridez do Polígono da Seca. 

E foi lá que tirei pimentão no quintal de minha casa em um canteiro menor que muito jardim no sul do País. Apesar das muitas pedras, o solo é bom. Basta regar. Contudo, o que mais se vê? Terra seca a ermo, com rios caudalosos a apenas 66km de distância, como é o caso de Brumado e Livramento, no na região Sudoeste da Bahia.



Há exemplos fartos de êxito em Petrolina-PE onde a produção agrícola serve à exportação. Água do velho e bom "Chico". Queixo-me do comodismo a que se está submetendo milhares de brasileiros. Uma hora, a conta será pagar pelos acomodados e pelos não acomodados.

Investir em que?


Fui inquirido por um entusiasta das bolsas que me rotulou primeiro de "arrogante" e depois que respondi a um dos seus questionamentos fui chamado de "hipócrita". A pergunta  foi sobre o que fazer com o dinheiro do bolsa família se não distribuir tal como é feito.


Em 2012, o Governo Federal distribuiu R$ 148.799.757,06 no Bolsa Família. Não sei o que dá para fazer com isso em termos práticos, não sou economista, nem engenheiro civil. 

Cada região tem uma necessidade e uma solução com o seu custo específico. Mas, em 2011, segundo planejamento do MEC, com R$ 1,3 mi seria possível construir uma escola com área construída de 1.211,92 m², e capacidade para atender 120 alunos em um terreno de 40x70m. 

Uma UPA está estimada hoje, para Campo Limpo Paulista, por exemplo, em R$ 400 mil. De acordo com o Portal Brasil, do governo federal, para a construção de UBSs em municípios com até 50 mil habitantes, o valor é até R$ 200 mil e, em municípios com mais de 50 mil habitantes, o valor é até R$ 1,2 milhão. 

Ainda em 2011, o governo federal aplicou R$ 27.294.230,74 em Qualificação Social e Profissional, porquê não aumentar isso? De qualquer forma, o que relato são especulações.

Há regiões que não vai adiantar levantar a UBS, vai ser preciso ampliar e equipar as equipes que atuam pelo Programa de Saúde da Família. Em outras, o que precisam é somente a abertura de cisternas para que possam regar plantações e cuidar do gado em economias de subsistência. 

Morei no Polígono da Seca, carreguei água para suprir minha casa e sei que o nordestino pode, sim, produzir. Eu os vi produzindo sem recursos e sem incentivos. Se receberem isso podem fazer mais. 

Isso não significa que prego a extinção do benefício que facilita comer, uma necessidade vital. Mas que se injete mais recursos em outras áreas que não me parecem receber a mesma atenção.

Links:
Portal da Transparência - Governo Federal
Regras mais rígidas para obras em UBS's e UPA's
Projeto Padrão para construção de escolas

Caldeirão de "não-sei-o-que-quero-nem-o-que-não-quero"

Está circulando uma publicação que "condena" algumas ações de apoiadores do Rede Sustentabilidade, partido que ex-senadora Marina Silva tenta legitimar ainda para o pleito de 2014. O texto mistura Marina, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Marcha Para Jesus, Parada Gay, enfim, uma salada de repolho com espinafre.

Diante da publicação (vide no fim do post), uma amiga afirma, via Facebook, que "Não existem opções para 2014!!". Em outro comentário se lê: "Fala a verdade! Votar em quem neste país! Como vamos avançar com esse povo no poder! Juro que ela era minha opção para 2014, agora estou totalmente sem opção...".  

Diante disso, sinto-me no direito de também me manifestar, porém, na corrente contrária.

Neste momento, 28 partidos recebem recursos do Fundo Partidário. Até junho, já tinha dividido R$ 171 mi do fundo partidário deste ano previsto em R$ 294 mi. Podemos não concordar com esta ou aquela corrente política. Porém, negar todos os partidos não é o caminho mais acertado.

A coisa é viciada, porque são sempre os mesmos que pulam de galho em galho e decidem quem fica, quem sai, quem se candidata, quem apoia. Que apoios recebe. Que apoios oferece. Que conchavos tornam público com nome de "acordo", e quais deixam embaixo do tapete.

Enquanto formos omissos e/ou negligentes quanto ao sistema que aí está, vamos ter a lamúria como recurso e a classe política o deboche como resposta. Já disse e reitero que maus políticos não têm medo de protesto. Maus políticos têm medo de articulação, organização, participação, investigação, acompanhamento, monitoramento, fiscalização, questionamento.

Fator Marina
Como evangélico poderia, sim, estar endossando a Marina Silva como candidata a presidente. Mas é bom lembrar que eu não elejo um católico, evangélico ou espírita, elejo um gestor, por isso, a confissão de fé de Marina não é critério para me fazer votar por, digamos, 'afinidade'.
Embora o discurso de Marina como pré-candidata a presidente não me convença, caso seja formado em Campo Limpo, se eu não sair do PV para integrá-lo serei um incentivador para que o mesmo tenha seus filiados. 

Faço o mesmo com partidos que antagonizo, como o PT. Não suporto as distorções marxistas defendidas por PSOL, PHS, PCO e correlatos, mas acredito, piamente, que quem defende esse tipo de ideologia deve, sim, se agregar e participar, contestar, propor, aprovar, rejeitar, enfim, fazer valer o seu direito de expressão.

Se os catalizadores de assinaturas do Rede vão à Marcha para Jesus e não optam pela Parada Gay, que temos a ver com isso? Essa questões dos direitos de minorias se resolvem no parlamento (na hora de aprovar ou rejeitar projetos), como expressão do voto de quem é credenciado para isso. 

Se os membros de uma igreja não podem ser convidados a assinar uma lista de apoio a um partido, ficha de filiação não deveria ser preenchida em boteco. Acredito que temos supervalorizado questões pequenas e negligenciado o que realmente importa.

Publiquei uma lista de partidos e os sites nacionais dos partidos. Para facilitar a pesquisa daqueles que não têm filiação ou pretendem mudar. <clique aqui>

Em Campo Limpo, temos na Câmara, representantes do PV, PT, PSDC, PR, DEM, PSDB, PP e PPL. Na cidade, há diretórios ou comissões provisórias do PDT, PTB, PTdoB, PPS, PHS, PSOL entre outros. Acredito que se, de fato, queremos mais do Brasil, teremos que doar mais de nós.

Menor tarifa, mais dinheiro

Com a alteração da tarifa municipal das linhas urbanas de ônibus de R$ 3,00 para R$ 1,90 (uma redução de 36,67%), em Campo Limpo Paulista, os empregadores passam a gastar menos com o vale transporte.

Se gastavam R$ 144/mês por funcionário que trabalha de segunda a sábado, agora, vão gastar R$ 91,2. 

Com um dinheirinho a mais em caixa, os empregadores deverão investir em suas empresas ou, os mais sensíveis podem optar por aumentar o vale-refeição, melhorar a área de descanso dos empregados etc.

Se a redução da despesa atinge a iniciativa privada, o mesmo vai ocorrer com a Prefeitura. Certo? Como vai gastar menos na compra de vale transporte o que se pretende fazer com o saldo?

Em 2012, conforme dados disponíveis no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), a Prefeitura teve uma despesa de  R$ 1.577.667,75  em vale transporte para funcionários, e mais R$ 4.331.334,45  em vale transporte para estudantes, bolsistas e participantes de programas sociais.

Suponha-se que a Prefeitura mantivesse a mesma quantidade de funcionários nos próximos 12 meses. Com a redução da tarifa, a despesa com vale transporte de servidores seria de  R$ 999.136,99. Assim, ter-se-ia um saldo de R$ 578.530,76. 

É um "pouco" mais do que se economizou com o cancelamento da Festa Julina. A própria UPA do Jardim Europa, embora tenha sido aprovada como UBS no final de 2012, está estimada em R$ 400 mil. Logo, o saldo decorrente da economia com despesa de vale transporte abre a possibilidade de novos investimentos.

Download da planilha de despesas de 2012 <clique aqui>

Comércio bombando nem sempre é sinal de desenvolvimento


Em um grupo de discussão sobre Campo Limpo Paulista foi publicada uma postagem rotulada como "apenas um desabafo". A autora afirma que embora Várzea Paulista "sempre foi motivo de piada" a cidade "cresceu de forma absurda" e que o "comércio de Várzea não perde nada para Jundiaí" (há controvérsias!). 


Contra quem se manifesta?





O discurso do abestado aí acima é "caliente"! Cheio de palavras de baixo calão. Reacionário, revolucionário ou idiota mesmo? O valente do vídeo é membro de algum partido, qualquer que seja ele? Sou anti-esquerdista, mas sou favorável a que mesmo o marxista do PSOL cresça em número de membros.


Manifesto contínuo

No dia 24 de junho, 3 mil campo-limpenses, segundo os organizadores --para a PM foram 2 mil--, tomaram conta das avenidas Alfried Krupp e Adherbal da Costa Moreira em um manifesto pacífico que reivindica que a cidade fique livre da corrupção. 

Dinheiro na mão de quem não sabe usar

De acordo com o Portal da Transparência, o que ia ser criado pelo "homi-di-ferru", mas já existe desde 2011, a prefeitura já arrecadou R$ 73,7 mi e pagou R$ 66,3 mi. Com isso o saldo é de R$ 7,3 mi (informações coletadas no dia 1º de julho). 

Desculpa com cara de legalidade

Nunca escondi meu desafeto acerca do ex-prefeito de Campo Limpo Paulista Armando Hashimoto que exerceu mandatos de 2005 a 2012. Contudo, quando vejo pilantra querendo tripudiar, aí eu deixo minhas rivalidades de lado. Fiquem tranquilos que nem com ele falei e não vou falar. 
Minhas postagens pouco amenas acerca de sua postura centralizadora e prepotente já chegaram no ouvido dele por boca de quem adora se mostrar servil.

Sem inchaço na máquina pública municipal

No dia 20 de junho, em sessão extraordinária, a 3ª da 12ª legislatura campo-limpense, cinco vereadores rejeitaram a criação das duas secretarias, sendo que quatro que se intitulam membro da base do governo foram favoráveis.

Ao contrário do que acusam alguns, não se trata da falta de vontade política em legislar pelo bem da cidade. É, antes de mais nada, um reflexo de que o eleitor quer participar mais e melhor das decisões públicas.

Brincando de revolução

Por: Rodrigo Constantino

“A raiva e o delírio destroem em uma hora mais coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um século.” (Edmund Burke)


Não vou sucumbir à pressão das massas. É claro que eu posso estar enganado em minha análise cética sobre as manifestações, mas se eu mudar de idéia – o que não só não ocorreu ainda, como parece mais improvável agora – será por reflexões serenas na calma de minha mente, e não pelo “linchamento” das redes sociais.

Mudança a caminho?

No dia 17 de junho passado, completam-se quatro anos que o Supremo Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Foram 8 votos a 1 que mudou a forma como os profissionais de jornalismo passaram a ser observados e, em certa medida, passaram a se perceber. 

Se todo mundo fala, eu também posso

Tem o vídeo com o depoimento de Paula Landucci, publicado no dia 15 de junho, 2 dias antes das maiores manifestações (bom que se frise) que ataca a quem está "contra" ou não apoia entusiasticamente à movimentação do dia 17 de junho.

Câmara rejeita criação de duas novas secretarias


Projeto do Executivo propunha a criação de 14 cargos e extinção de um

Por 5 votos contra e 4 a favor, o Projeto de Lei Complementar 561, do Executivo, foi rejeitado na última terça-feira, 18, durante a 3ª sessão extraordinária da 12ª Legislatura. Votaram pela criação de duas secretarias os vereadores Adalberto Joventino da Silva (PSDC), Jorge Mello (PR), Maria Paranhos (DEM) e Rogério Borges (PPL). 

28 partidos, escolha o seu


Mudança de verdade acontece mediante organização e respeito à Constituição


Toda movimentação no País, neste momento, reivindica coerentemente que não quer cor partidária. Contudo, as mudanças que pretendem passarão, OBRIGATORIAMENTE, sob o crivo de homens e mulheres membros de partidos que foram eleitos pelo voto. Infelizmente, por uma conta esquisita, aos olhos da maioria injusta, mas é o sistema vigente.

Perguntas para as massas

Os protestos que marcaram a segunda quinzena de junho são justos? As pautas são coerentes? Algumas nem tanto, mas a maioria são equilibradas. Contudo, o Brasil só vai mudar, quando o seu povo mudar. E isso, não começa em Brasília.

Ceticismo aprofundado



"O Brasil acordou", afirmam os entusiastas ou apoiadores integrais da nova moda brasileira: o protesto. Será? Não acredito em "despertamento" pautado na ignorância, falta de conhecimento sobre um fato, ou mesmo na negligência, saber sobre as implicações de uma ação ou discurso e, mesmo assim, sustentá-lo.

Por isso, meu ceticismo quanto aos frutos de toda esta onda de gente com o "#vemprarua" estampado em cartazes, assinando postagens em redes sociais e tudo o mais, só aumenta. Qual a necessidade de agredir os integrantes de quaisquer partidos que queiram, pacificamente, atender ao chamado?

Os militares também não gostavam do pluripartidarismo e, com o pensamento miserável, decidiram editar o Ato Institucional nº 2 (AI-2) em 27 de outubro de 1965. No artigo 18 do monstrengo jurídico, lê-se: "Ficam extintos os atuais Partidos Políticos e cancelados os respectivos registros."

Odeio as ideias marxistas endossadas por partidos como PCdoB, PT, PSOL e afins. No entanto, tenho o dever cívico de respeitar a formação das legendas e ponderar seus pontos de vista. Concordar com ideias pífias de que eles não podem se expressar, seja lá em que tipo de ajuntamento for, é coisa de ignorante, boçal, tolo, oco, anti-democrático. Não pactuar de um pensamento não significa que devo impedir sua expressão.

Não querer a liderança de líderes partidários para evitar desvios das intenções que, francamente, começaram turvas e estão cada vez mais embotadas, é compreensível. Agora, a intolerância com a simples presença dos mesmos não é prática aceitável.


Os partidos políticos estão resguardados pela Lei. Ou a Constituição Federal também não vale mais nada para quem está protestando? As reivindicações que são ouvidas nas palavras de ordem puxadas ao som de megafones ou escritas nos cartazes são direitos previstos nela: saúde, educação, moradia etc. 


Ainda estamos aquém da plenitude do que ela preconiza? Infelizmente. Contudo, a conquista desses direitos não será possível de fato pela negação da lei vigente. Implodir um sistema para construir sobre escombros não é plano inteligente. Construir ou reformar, é plano mais salutar do que querer destruí-lo.


Para concluir, reproduzo trecho do discurso de Ulysses Guimarães (1916 - 1992) no qual, em 5 de outubro de 1988, no ato de promulgação da Constituição Federal ele afirmou: "A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria."

Feliz por ser minoria

No meio de toda balbúrdia dos protestos, estou felicíssimo e sereno por não fazer parte da maioria eufórica que vê em tudo isso o despertar de um gigante, a moralização do povo, a faxina ampla geral e irrestrita da corrupção, etc etc etc. Tomara que eu e mais alguns estejamos errados e, no final, de fato, alguma coisa que preste fique como saldo disso tudo.

Espero, sinceramente, que na busca por direitos, não se risque da agenda o cumprimento de deveres. Entre eles, estar sujeito à Lei. Se for para mudá-la que se cumpra os caminhos já estabelecidos para tal. Inclusive consultando a maioria sobre a opinião popular.

No dia 24 de junho, ocorreu um manifesto com a apresentação de diversas pautas a exemplo de outras cidades da região e do país. Pelo empenho dos que se mobilizaram na divulgação, pela articulação com Guarda Municipal, polícias Militar e Civil; pelas mensagens de orientação com dicas de como agir em caso de início de vandalismo (sentar no chão, para os agentes de segurança identificarem os meliantes); pelas mensagens postadas de não à violência.

Reuniram-se cerca de 2 mil pessoas, segundo a PM, e 3 mil para os articuladores. Com reivindicações sensatas, registradas de modo cívico e ordeiro. Reclamando sem ofender. Reivindicando avanço sociais, sem retroceder na postura democrática. 

Infelizmente, após 19h40 aproximadamente, quando os organizadores entenderam que a concentração que havia começado às 17h30, mesmo com chuva e frio, podia ser dispersada, alguns vândalos entraram em ação. Machucaram a cabeça de um PM e o joelho de uma GM. Quebraram vidros da Prefeitura e de alguns comércios ao longo da avenida Adherbal da Costa Moreira.

Males intoleráveis, mas presentes neste tipo de ajuntamento. Contudo, quando a onda da rua passar (e vai passar), outros protestos vão ocorrer sob o olhar atento de quem vai continuar se manifestando nos conselhos municipais, nos partidos políticos, nas audiências públicas, nas sessões ordinárias das Câmaras, nas conferências municipais, nas associações de moradores, nas APM's das escolas, enfim, em todo agrupamento que pode decidir ou opinar sobre questões da vida pública.

 
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