O PERFIL DE UM ESQUERDOPATA

Texto atribuído ao dr. Edson F. Nascimento, psiquiatra e psicoterapeuta, , identificado como sendo residente em Ribeirão Preto-SP.

Embora não tenha encontrado a publicação original, um perfil de credibilidade que integra minha rede no Facebook, dr. Elizeu Sousa, compartilhou o mesmo e isso me dá tranquilidade para a reprodução. Caso ocorra algum equívoco na autoria (o que tem sido muito comum), nada a que se contestar no teor da publicação.


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"Depois de 55 anos de vida, enquanto psiquiatra, parei para refletir sobre o perfil psicológico da imensa maioria dos esquerdopatas.
Foram péssimos estudantes, a maioria com várias repetições de ano. Mas são de família de classe média, onde sempre sofreram pressão pra "ser alguém na vida".
Como são preguiçosos, sem disciplina e folgados, precisam arrumar um jeitinho para se dar bem e se fazerem passar por coisas que não são, pensam ser! Fingir que é culto, "engajado", e "crítico", o que rende pontos. Assim, prestam vestibular sem concorrência, de preferência em um curso de Geografia, Ciências Sociais e História.

Então, começam sua carreira de charlatanismo. Alguns pouquíssimos estão em cursos como Direito, Medicina, Engenharia, Administração, Economia mas, como não são chegados a estudar, terminam por trancar a matrícula ou mudam de curso. E, muito dificilmente, se enturmam quando tentam esses cursos acima e assemelhados.

Ali, na universidade, encontram todas as ferramentas: professores barbudinhos, livros de esquerda, cigarros de maconha, palestras com "doutores" no assunto; e até o assédio de políticos "guerreiros" do PT, do PC do B et caterva. É claro que não estudam nada! Vivem o tempo todo no DCE, ligam-se à UNE, deitados no chão, passeando no campus com aquelas mochilas velhas, calças cargo, sandálias de couro e cabelos ensebados.

Alguns começam a se infiltrar nos sindicatos e nas reuniões dos Sem-terra. Já começam a se achar revolucionários e reserva intelectual das massas proletárias exploradas; e também das causas revolucionárias. Assim, se passam por intelectuais, cultos, moderninhos e diferentes.
Sentem-se mais seguros para atacar as mulheres, achando que elas são doidas por esse tipo de gente. Começam a ver os amigos que estão trabalhando ou cursando Engenharia, Direito, Medicina, Administração ou Economia como pobres coitados que não tiveram a chance da "iluminação".

Como não trabalham e vivem apenas da mesada, estão sempre sem grana. Aí começa a brotar a inveja, o ódio de quem se veste um pouco melhor ou tem um carrinho popular. Estes, são os chamados "porcos capitalistas" ou "burgueses reacionários"! Começam uma fase ainda mais aloprada da vida quando passam a ouvir Chico Buarque e músicas andinas. Nessa fase, já começam a pensar em se tornar terroristas, lutar ao lado dos norte-coreanos, admiram Cuba, Venezuela e, muitos deles, apoiam o Irã e não acreditam no holocausto judeu!

Fingem esquecer do episódio do muro de Berlim e da queda do comunismo na antiga União Soviética. Não usam mais desodorante e a cada 5 minutos aparece nas suas mentes a imagem de um MacDonald's totalmente destruído. Mas é claro que o que querem não é a revolução, isso é apenas uma desculpa.

Como são incompetentes pra quase tudo, até mesmo para bater um prego na parede, e como sentem vergonha de fazer trabalhos mais simples, por serem arrogantes o suficiente para não começar por baixo, querem saltar etapas. Querem, no fundo, a coisa que todo esquerdista (esquerdopata!) mais deseja, mesmo que de forma sublimada: um emprego público! Mas, aí surge um outro problema: é a coisa mais difícil passar em um concurso! É preciso estudar (argh!).

Por isso, sonham com a "revolução" proletária, com a tomada do poder por uma elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente, afinal são da mesma tribo! Consequentemente, ocuparão, por indicação, um cargo comissionado em alguma repartição qualquer, onde ganharão um bom salário para poder aplicar seus "vastos e necessários conhecimentos" adquiridos durante anos na luta pela 
derrubada do sistema capitalista imundo.

Nessa fase, mudam e se contradizem: cortarão o cabelo, usarão terno, passarão a apreciar bons vinhos e restaurantes. E, dependendo do cargo que ocuparão, até motorista particular terão! E, sem dó, enfiarão a mão –e com muito tesão –no dinheiro dos cofres da nação!!! Claro, que pela nobre causa socialista e para o bem dos trabalhadores, postura sem noção!

Tenho certeza que, após esta leitura, você lembrou de vários vizinhos, conhecidos, colegas, políticos etc...."


MISERICÓRDIA SAZONAL

Nas últimas semanas, a região de Jundiaí registrou uma espécie de comoção ampla, geral e irrestrita por conta do anúncio feito pela direção do Grendacc quanto à interrupção das atividades do Hospital inaugurado este ano que consiste em ala de internação, centro cirúrgico e UTI. 


Muito embora a questão seja um preciosismo tecnicista de algum cabeça de bagre no Ministério da Saúde, o imbróglio foi a deixa que faltava para estúpidos de toda ordem destilassem seus venenos contra os alvos preferidos.

Um certo canalha da gestão 2013-2016 em Jundiaí, aproveitou para fazer publicidade patrocinada no Facebook promovendo um prefeito da região que havia conseguido uma audiência com o ministro da Saúde.


Claro que o imbecil queria atacar ao chefe do Executivo jundiaiense, Luiz Fernando Machado. Como a imbecilidade dita a regra, em nenhum momento o apedeuta fez qualquer menção aos prefeitos das demais cidade que também enviam pacientes para serem atendidos na unidade jundiaiense.

Para quem acha que o Grendacc tem de ser mantido exclusivamente por Jundiaí, convém visitar o site da instituição e verificar que os pacientes de zero a 19 anos, são oriundos de Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Louveira, Jarinu, Cabreúva e Morungaba.


O mesmo pilantra que pagou para promover um assunto pelo qual ele nunca moveu uma palha, até a edição desta coluna, não havia feito qualquer menção ao fato de que o prefeito Luiz Fernando, com mediação do deputado federal Miguel Haddad, conseguiu audiência com o presidente da República da qual participou, entre outras pessoas, a diretora do Grendacc, Verci Bútalo.


Muito embora seja reunião demais, quando tudo poderia ser resolvido até por mensagem de WhatsApp, ao menos o prefeito da cidade sede se mobilizou e, de fato, cumpriu uma "obrigação" como muitos opositores gostam de destacar. Evidente que se a ação fosse tomada por algum populista e comunista deixaria de ser rotulada como obrigação e seria definida como mérito, triunfo, benemerência, favor, bondade, compaixão etc.


A celeuma política, poderia ser evitada se não tivesse algum idiota com alta patente para ameaçar ações nobilíssimas como do Grendacc que, com doações, investiu R$ 3 milhões na construção e compra de equipamentos do hospital. 
Muito embora a direção tenha divulgado que seria suspendido, temporariamente, o atendimento no hospital, a turba já saiu gritando que o Grendacc iria fechar.


Foi necessário novo pronunciamento para explicar que o atendimento ambulatorial seria mantido. Traduzindo, em qualquer resultado quanto ao Hospital, fica mantido o atendimento em pediatria oncológica, hematologia, ortopedia oncológica, neurologista, nefrologista, cirurgião infantil, cardiologia, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social, laboratório de análises clínicas, fisioterapia, enfermagem, farmácia, brinquedoteca e apoio pedagógico. 

Claro que os "entendidões" de misericórdia sazonal não sabem disso. Mas, para criar tumulto, é sempre pertinente ser um idiota útil.


PORQUE AS FAVELAS NÃO ACABAM




O miserável não sai da latrina por alguma das razões a seguir: 1) preguiça; 2) inveja; 3) satisfação.

A preguiça, normalmente, é camuflada em desculpas de que o vento está contrário e, por isso, se jogar a semente ela nem vai cair no chão.

A inveja se manifesta quando, por não sair da pocilga, vive ressentido, recalcado, corroído quando sabe que um indivíduo que estudou na carteira ao lado, reformou a casa, comprou um carro (nem precisa ser novo), se veste com algum bom gosto. Isso, considerando o universo de quem o cerca.

Quando o miserável-preguiçoso-invejoso-felizão olha para um ricaço, aí ele tem uma síncope. Um verdadeiro ataque no qual sua mentalidade é a de que o rico deveria pegar seu dinheiro e entuchar na boca do vagabundão.

A satisfação se constata quando o miserável usa a matéria-prima de uma ETE e aplica como se estivesse diante de lama negra.

DINHEIRO VOADOR




Em tempos de Lava-Jato, e demais operações filhotes, a brasileirada está entorpecida pelas muitas versões de um mesmo fato. Afinal, a cada vez que um delator, ou melhor, colaborador premiado, conta um conto, é possível esquecer ou lembrar de algum ponto.

Que o diga a Marisa Letícia que, como defunta ainda quente, se tornou a única pessoa capaz de desvendar os mistérios de um tríplex no litoral paulista ou de um sítio cuidadosamente preparado para receber o maior larápio da história. Não sou o tipo que diviniza ninguém que morre. Mas a "pobrezinha" merecia melhor tratamento de sua memória, não é mesmo? Ainda bem que foi o próprio marido que praticou a desonra.

A derrama com dinheiro que é público, mas não infinito, sai cruzando ares ou estradas pelo País. Os encontros para as negociações consideram desde restaurantes até flats locados apenas para o fim das conclusões dos procedimentos.
Houve um tempo que uma cueca, pedaço de pano que sofre agruras, era a grande vilã por algumas patacas em valores nacionais ou estrangeiros que insistiam em ficar circulando por aí.

Agora, os recipientes de transporte das "verdinhas" incluem desde pomposas pastas, até sacolas plásticas ou envelopes amarrotados para não levantar suspeita.
Pensa que é só ladrão de galinha que se cerca do manto da noite para facilitar o serviço? Sabe nada, inocente! Os crápulas se certificam que vão conseguir se dar bem, sem levantar suspeita ou, se desconfiarem, não vão encontrar o rastro de modo explícito. É preciso levantar muitas camadas de tapete enlameado para conseguir ver a teia de caranguejeira especialmente dedicada aos brasileiros honestos.

Um fato, porém, ao qual evitam o confronto é: se o corrupto pegou dinheiro para bancar compra de votos em dia de eleição, quem foi o famigerado que vendeu? Ah! o Gasparzinho, claro! Como esquecer dele? É sempre o Gasparzinho que torra as onças com pinga, uma carne melhorzinha para um churrasco realizado logo depois de ir na seção eleitoral. Isso, claro, a bordo de algum carro que pegou em casa e devolveu o "honestíssimo eleitor" são e salvo.

Existe uma hipocrisia reinante no País de só querer apontar o dedo para o político que compra votos. De modo cínico, deixam de lado o desgraçado que vende que, para mim, o voto é tão vil quanto quem comprou. Há ainda quem defenda dizendo que a pessoa o faz porque "não tem escolha".

Mentira. Sempre há uma escolha, para o bem ou para o mal. Se ao invés de procriar em ninhada, dormir como lontra e comer como suínos esses "sem-escolha" resolvessem produzir algo para o próprio bem, o País teria melhor sorte. Enquanto isso não muda, as notas vão continuar voando em direção às mãos flácidas e bocas famintas.

BRASÍLIA: INSPIRAÇÃO MODERNA PARA JORGE AMADO






Se Jorge Amado fosse vivo, ele teria farto material para falar sobre a prostituição, promiscuidade, picaretagem, patifaria que ganha cada vez mais proeminência no putrefato país tupiniquim.

É de sua lavra as peripécias sexuais executadas pelos barões do cacau no Bataclã, que ficava localizado no centro histórico, orla marítima de Ilhéus, minha cidade natal.

O estabelecimento era o antro no qual as únicas mulheres autorizadas eram a cafetina e as prostitutas contratadas para dar vasão à promiscuidade dos abastados e até dos miseráveis que torravam o salário de um mês em uma noite.

Se vivo estivesse, Jorge Amado, com certeza, "viajaria na maionese" recontando muitos atos promíscuos tendo como cenários, ambientes bem mais pomposos que o diminuto Bataclã. Cada capítulo seria relatado em ambientes suntuosos como a Esplanda dos Ministérios, os Palácios da Alvorada, da Justiça e, claro, o Congresso Nacional com suas cúpulas mutiladas e complementares (um fatídico simbolismo).

Os cenários das tramas contariam, ainda, com residências "oficiais" cujos atos praticados em seu interior são oficiosos. E qualquer ato vai muito além de qualquer nudez dos deformados corpos físicos com banhas despencantes e celulites gritantes.
Amado teria a possibilidade de relatar "causos" nas residências de presidentes de Câmara, Senado e vice-presidente, além dos apartamentos funcionais utilizados pelos pobrezinhos que não podem alugar uma casa ou apartamento para suas breves estadias entre os candangos.

As deformações físicas dos seres que rastejam ou se espreitam nas sombras da planície central brasileira, em nada se equiparam, às deformações morais. As cópulas não são entre corpos, mas entre mentes putrefatas que, obviamente, só pode dar à luz crias monstruosas.

Até quando isso? Não sei. Não acredito em purificação milagrosa, pois quem escolhe os nomes para desfilar nestes corredores de imoralidade integram uma massa que no público, grita por moralidade, mas no privado, pede vantagem, favorecimento, privilégio. Tombarei sem ver a mudança. Mas não tombarei mudo.

PUTREFATO REFLEXO

Os corruptos que estão no poder, não se corromperam lá, saíram de uma origem corruptível. Ou vamos nos iludir quanto ao fato de que quem não devolve R$ 2 a mais no caixa é uma pureza de alma?
Não gostamos muito do exercício, por vezes até negamos isso, mas é IRREFUTÁVEL que a maioria dos brasileiros é tolerante com "n" formas de corrupção e, mesmo assim, quer que surja desta mesma massa podre, alguns diamantes lapidados.

Recentemente, tivemos episódios que alguém pode rotular como "isolado", mas minha leitura vai além. Um avião cai na região de Sorocaba, o que se flagra? BRASILEIROS que saqueiam o avião mesmo com CORPOS em seu interior. Mórbido? Grotesco? Não. Qualificador.

Policiais alegam que meia dúzia de mulheres conseguiram aprisioná-los nos seus batalhões. O que se viu? Lojas sendo saqueadas. Por quem? Bandidos já fichados? Não. Oportunistas que em algum momento latem na frente da televisão que acha um absurdo o que "os políticos" estão fazendo.

A Lava-Jato está toda hora mostrando como alguns políticos se deram bem. Como a combinação com empresários é aviltante, ultrajante, cruel, destruidora de direitos, blá, blá, blá. Ora, se o cara desviou R$ 100 milhões, digamos que ele conseguiu usar R$ 99. Onde vai parar o R$ 1 milhão?
Simples. Gera matéria-prima para Estação de Tratamento de Esgoto. Afinal, em dia de eleição ou durante campanha o que uma horda de miseráveis quer senão comer e beber às custas de algumas dezenas de políticos imbecis, mas que se acham espertalhões (e em certa medida o são) porque conseguem somar votos apenas com carne de segunda e bebida de quinta categorias.

Ou seja, OS REFLEXOS DA MASSA que por acaso rotulamos de POLÍTICOS, se deram melhor, mas quem comeu e bebeu a partir de dinheiro de corrupção de repente vira vítima. Não! Isso é conivência.
Não adianta dizer que "eles" estão errados, quando nós nos recusamos à auto-crítica.
Somos tolerantes com a corrupção, sim. 

Temos um sem fim de canalhas que se fazem de coitados que na segunda-feira vai para hospital simulando inflamação de cabelo para conseguir um atestado médico e "se dar bem", nas costas do patrão. Já que encheu a cara no domingo, tudo bem faltar na segunda. Mas faça isso de forma digna, assumindo os riscos e fazendo contas a menos no salário. Coisa simples.

Somos tolerantes com a corrupção, sim. 
A coisa tida como "normal" é aluno pilantra que propõe a outro semelhante para que assine a lista de chamada em seu lugar pois o mesmo estará muito ocupado no boteco da esquina.

Não existe divórcio entre povo e representantes. Existe uma desgraçada empatia, manifestação de carga genética que é rechaçada por uma minoria. Esta minoria é como anti-corpos no organismo humano: se não estiver em quantidade suficiente, a enfermidade vai conseguir se estabelecer e, quando não é o caso de matar o doente, a vida se arrasta de modo lento e tedioso.

CONTRADIÇÃO OU LAPSO DE MEMÓRIA?




Em nota de esclarecimento publicada nesta sexta-feira, 19, em seu perfil pessoal a vereadora Cristiane Damasceno anunciou que fará "declaração sobre as inverdades que estão vinculadas ao meu nome nas redes sociais, wattsap, etc". A programação seria ontem, dia 19. É possível que os "procedimentos legais" não tenham sido concluídos.

Chamou a minha atenção a seguinte afirmação: 
"Não participo de outros grupos... nem leio... mas tenho amigos que comentam e me enviam prints das barbaridades que falaram sobre minha vida!!!"

Certamente a nobre edil deve ter se esquecido do dia em que DEBATEU comigo aqui neste mesmo grupo acerca da Fundação de Saúde à qual ela se tornou uma das principais defensoras no Parlamento Municipal.

Os prints apresentam:
1) Destaque ao lapso de memória;
2) Inteiro teor da manifestação;
3) Comentários sobre a Fundação de Saúde (1° de abril);
4) Posts sobre problemas em pagamentos de servidores e orientação sobre licença à maternidade (dez.2016).

EM TEMPO
Para ter amigos que compartilham informações não é preciso ser vereador. Logo, também fui informado de que haveria alguma intenção da legisladora em tela de registrar Boletim de Ocorrência contra mim. Quando for o caso, para não tomar seu precioso tempo, ordene que alguém me acione via redes sociais ou telefone para que eu ou compareça ao plantão (se tiver disponibilidade) ou forneça os dados necessários.






ABUTRES AVENTUREIROS PRECISAM GARANTIR CARNIÇA




Conselho Municipal de Saúde (CMS) vira arena para governistas mal intencionados. Com uma reorganização recente, o órgão de fiscalização tem sido alvo de ações do atual secretário de Saúde. Há, inclusive, a percepção de boicote a informações apuradas pelo CMS como, por exemplo um relatório de duas visitas surpresas feitas ao Hospital de Clínicas por conselheiros. O relatório foi ignorado com a justificativa do gestor, trazido na bagagem do Orlato, que a prioridade é "aprovar a fundação de saúde".


A fábula é de que somente a tal fundação vai permitir resolver "todos os problemas". Quem está se opondo a ideia do novo cabide de empregos sofre retaliações dos favoráveis. Uma das ações é serem deixados de lado quando ocorrem agendamento de reuniões extraordinárias. Foi o que ocorreu em suposta reunião com vereadores (não se sabe quais) quando foi vendida a ideia de que todo o CMS estaria a favor do projeto. Quando todos os membros tomaram pé da situação o resultado foi confusão.

Esta sangria desatada pela aprovação da tal fundação resulta em que o CMS não consegue discutir outras pautas como é o caso do menino que precisa de sondas para a bexiga (confira detalhes abaixo). O Tofani, secretário de Saúde, alega que a Prefeitura não tem dinheiro para "casos pontuais como este" e, por isso, priorizam a fundação. A maioria dos conselheiros ainda é contra, mas a pressão interna está grande.

Outro assunto deixado de lado, é a precariedade das condições de operação e sanitárias das UBS's. No Botujuru, por exemplo, onde foi feito um relatório, há infestação de pombos, fezes por todos os lados.


SONDA SPEEDCAT
Por rede social, o pai da criança detalhou o seguinte:
"O problema é o seguinte meu filho tem 10 anos e não faz xixi pela uretra, devido uma sequela de uma cirurgia (não vou me estender sobre a cirurgia, caso queira mais informações sobre o problema entre em contato).

Devido esse problema ele utiliza uma sonda chamada Speedcat, para poder esvaziar a bexiga dele, a cada 3 horas ele utiliza 1 sonda pois a mesma é descartável e se não fizermos esse procedimento a bexiga dele enche, a urina vai para os rins e com certeza terá um comprometimento dos orgãos vitais.

Pois bem, eu tenho um mandato judicial para que seja fornecido esse material além de outros, com isso o estado repassa o valor do material a vcs que se responsabiliza pela compra deste material, só que já tem dois meses que vcs não estão fornecendo o a sonda.

No mês passado consegui um empréstimo pessoal da sonda, só que para este mês já fui informado que NÃO TEREI A SONDA NOVAMENTE E COMO FAÇO, se neste mês tenho que devolver o empréstimo para a pessoa que me fez essa gentileza mais a sonda deste mês que vou precisa?"


Preocupado com a saúde do filho, o pai pede uma solução urgente e conta com o apoio das pessoas para provocar alguma sensibilização.

Será que nem diante de um apelo destes, os gestores podem se sensibilizar? Se foi possível inflar a folha de pagamento, fazer festança vendida como sem custo, mas cheia de despesas descobertas depois, não conseguem intervir numa questão que diz respeito à vida de uma criança?


DONA VERGONHA IMPÕE PACTO DE SILÊNCIO




Estou com uma ligeira sensação que, dado o silêncio de todos os defençorys e adevogadus do Melancia (os de dentro e os de fora do governo), a Dona Vergonha parece estar reinando nos lares dos petralhas e seus apoiadores.

Primeiro, ela bateu na porta. Como ninguém atendeu, ela forçou a porta, derrubou, sentou na sala, pediu água, massagem para os pés, uma almofada mais confortável para as costas, um suco natural gelado com adoçante, um bolo de cenoura e o domínio absoluto do PC que é integrado à TV onde ela, Dona Vergonha, toda hora fica acessando fanpages, sites e blogs só para ver as últimas atualizações sobre o RACHA.

A Dona Vergonha também já orientou que é melhor ficar quieto mesmo. Afinal, em 125 dias, já conseguiram suscitar na população até o pavoroso "#VoltaZé". Quem diria!

Enquanto isso, os especialistas milagreiros, que iam resolver tudo em um passe de mágica, estão girando nas cadeiras de rodinhas, sem ter a menor ideia de como fazer a cidade ter uma cara de viva, dinâmica, com administração. Certamente, a única ação possível é imitar avestruz: enfiar a cara no buraco! O Zé de Assis precisou de ao menos 9 meses para chegar neste nível.

Na fanpage do próprio Melancia lê-se declarações como:

"Hoje eu falo fui contra doutor Luiz e doutor armando, mais pensando bem olhando pra trás foi os que mais fizeram pela cidade."

"Demite tb o suspensório aí terá a confiança do povo , ou vai acabar em nada o seu discurso !!! Sem credibilidade !!! Porq cada um conta um lado !!!"

"Na vida temos que aprender com os erros e o Sr. Durval qdo eleito EM JUNDIAÍ e não em CAMPO LIMPO, não fez um bom trabalho, prova disso é que para concorrer a reeleição não fez parte da chapa, cuidado para não comprar vidro pensando que é diamante."

Como é que conseguem essa proeza em tão pouco tempo?
Ajuda aí, produção! Em 125 dias de ocupação do poder, ter tanta gente, nos quatro cantos da cidade, dizendo esse tipo de coisa, é pra corar de vergonha. Se é que vocês têm alguma!

PROFESSORA VIRA METRALHADORA SEM PUDOR E SEM CRITÉRIO



Durante discussão sobre o requerimento 2565, aprovado por 7 a 5 nesta terça-feira, dia 2, na Câmara de Vereadores de Campo Limpo Paulista, a vereadora Cristiane Damasceno cumpriu, à risca, o adágio de que "quem muito fala dá bom dia a cavalo". De cara, ficou muito escancarado o fato de que seu discurso foi encomendado pelo governo. As informações apresentadas têm forma, cor e odor putrefato da verborragia de petralha.

Em pleno 2017, para defender um governo que nem está sendo acusado, apenas será investigado podendo sair ileso do processo, apelou para uma sopa de letrinhas e números que remontou aos mandatos dos ex-prefeitos Luiz Braz e Armando Hashimoto.

A edil versou: "Vou ler algumas questões que me trouxeram a analisar, a pensar, que em 120 dias de governo algumas atitudes realmente estão em desacordo, mas penso e coloco que algumas pessoas estão de forma que eu discordo. Vamos voltar lá em 1999, rapidamente, para saber aonde chega o valor que hoje essa cidade arrasta, os milhões que hoje tem de débitos nesta cidade. Trouxe alguns fatos aqui: importâncias desviadas por meio de lançamentos inexistentes na conta destinada ao INSS, alguém lembra disso? Pois esse é um fato que algumas pessoas não lembram mais. TSE investiga desvio de recursos em Campo Limpo, desvio de verba pública na saúde do município em 1997, onde 57 mil habitantes era o número do nosso município e 120 mil eram atendidos com dinheiro dos cofres públicos, aproximadamente 18 milhões saindo de caixa. Empresa vencedora de licitação, Servical Med que recebia, em média, R$ 300 mil mensal, preços não condizentes com o do mercado."

O trecho acima é um dos que mais denuncia o fato de que a vereadora recebeu a cartilha pronta e se prestou ao papelão de falar em nome de quem deve fiscalizar. O que justifica tamanha sujeição? Vamos ter de aguardar para entender melhor.

Como a vereadora teve de ser lembrada de pedido de CEI rejeitado na gestão do Zé de Assis (2013 - 2016), é pouco verossímil considerar que ela teria conseguido levantar tanta informação, sobre gestões passadas e de assuntos que nem mesmo ela domina como, por exemplo, "não contabilização das inscrições e cancelamento da dívida ativa, renúncia da receita irregular, planejamento irregular de políticas públicas, transferências orçamentárias, demonstrativos contábeis inconsistentes, quebra injustificada na ordem de pagamento, folhas de balanço patrimonial".

Pegar o discurso dos outros também se configurou um erro ao sair "denunciando" a suposta inatividade de legislaturas passadas. Afinal, a Câmara tem hoje a filha de um vereador que estava em plena atividade em 1999 e 2011, anos mencionados pela professora. Isso confere ao vereador alguma conivência com o que ela considera irregular ou até mesmo crime dado o tom soberbo de sua fala?

O discurso montado por Orlato, endossado por Japim e proclamado para vereadora do PMDB também não considerou que estava atingindo uma outra integrante do Plenário: a vereadora Dulce. Ela emprestou a boca para dizer: "foi votada a mudança de DSU para SSU para manter cargos de nepotismo". Aqui, estava se referindo ao projeto de lei apresentado pelo ex-prefeito Armando Hashimoto no ano em que a vereadora Dulce foi eleita pela primeira vez.

Com a eleição da vereadora Dulce, na época, o Armando ganhou uma aliada de peso. Mas o fato do Sérgio Amato ser diretor de Serviços Urbanos criou uma saia justa que foi sanada com a criação da secretaria. A despeito de minhas desavenças e desentendimentos com o Sérgio Amato, ele é grosso e eu sou também, não sou obtuso para não reconhecer os valores de uma pessoa.

Na época, o Armando cometeria uma imbecilidade se apenas "se livrasse" do Sérgio Amato como um mero problema político. Ele sempre foi aplicado no que fazia. Se a cidade tinha cara de cidade, muito se devia ao seu empenho. Eu mesmo acompanhei pessoalmente algumas de suas rondas que não aconteciam no horário convencional.

Antes que a cidade estivesse acordada, ele já estava fazendo suas rondas. Quando eu passava alguma reclamação de buraco no asfalto, bueiro aberto, árvore caída, não raro ele já sabia do que se tratava e estava tomando as providências. E, quando lhe era fato novo, sempre tinha prontidão para resolver da melhor maneira e em tempo recorde.

Logo, senhora professora, antes de embarcar nesta jangada quebrada de querer atacar coisa velha, certifique-se, primeiro, quanto de prejuízo esta ou aquela ação trouxe à cidade. Posso afirmar sem nenhuma sombra de dúvida, que a decisão do Armando de mudar o status da Diretoria de Serviços Urbanos para uma Secretaria não trouxe nenhum ônus.

A metralhadora da professora, abastecida por discurso de petralha, também não considerou que estava atingindo outros colegas de parlamento, notadamente, Jurandir Caçula, José Riberto da Silva, Leandro Bizetto, Tonico e Ana Paula, TODOS INTEGRANTES DA LEGISLATURA ANTERIOR. 

Afinal, ela estufou o peito para indagar: "Por que no governo que antecipou a este, que foi um dos governos com mais escândalos e desvios nesta cidade, ninguém pediu uma CEI? Por quê?" Ora, sua retórica colocou todos na vala comum e conivência com o governo anterior. O que, obviamente, não é verdade. Mas vou destacar aqui o fato de que nos últimos dois anos da legislatura passada um dos seus colegas de bancada, hoje, era presidente da Casa. Será que quem montou o discurso-metralha esqueceu disso?

Depois de adotar um discurso indiscutivelmente partidário, pró-governo, ainda tem a coragem de dizer: "Sou contra o partidarismo a essa cidade". Ah! Então deixa o parlamento! Câmara não é lugar para conversa de comadres. É, sim, lugar de embates, posicionamentos, votos, tomadas de posições que podem ser vencedoras ou vencidas. Esta pregação da neutralidade é hipócrita.

Não contente, a continuação do pronunciamento é funesta: "Vocês me desculpem, mas o verdadeiro trabalhador, aquele cara que não tem partido algum, ele ainda nem sei se desceu do trem, está descendo, está dentro das faculdades. Nós temos 81 mil habitantes. Portanto, vejo uma quantidade mínima e partidarista dentro desta Câmara."

Ora, quem se dispôs a acompanhar a sessão não é um "verdadeiro trabalhador"? Lá tinha gente a favor e contra a CEI. Certamente alguns pararam no Paço antes de seguirem viagem para casa. Outros, talvez tenham vindo de casa especialmente para a sessão. Se estão empregados ou não, isso não os torna menos importantes, tampouco dispensáveis de acompanhar uma sessão e expressar de forma civilizada sua contrariedade ou aprovação a qualquer tema em discussão.

Ao desdenhar do público presente, de novo, faz uma pregação hipócrita contra o partidarismo. Ora, minha senhora, o que está DESGRAÇANDO CAMPO LIMPO é exatamente o partidarismo. A cidade foi invadida por aventureiros, expurgados de diversas regiões do Estado. Onde não deram certo e que, agora, precisam encontrar abrigo ou criar novos guetos como uma tal fundação de saúde para acolher os PARTIDÁRIOS de uma única legenda ou, no máximo, de uma mesma matiz ideológica.

Se a gestão pública pode estar saturada de partidários, logo, o auditório de uma Câmara também pode e, na verdade, deve. Assim se estabelece a democracia.

O vereador Leandro Bizetto não se intimidou e voltou à tribuna para dar os devidos esclarecimentos.

"A vereadora Cristiane Damasceno ela citou alguns fatos que ocorreram no passado e, de 2013 a 2016 eu me sinto incluído, por isso estou subindo aqui para alguns questionamentos e poder esclarecer. Primeiro ela iniciou em 1999 com a dívida de R$ 1,2 mil que virou R$ 8 milhões, que são R$ 12 milhões, que essa dívida foi feita pelo ex-prefeito Luiz Antonio Braz.

Não tenho vergonha nenhuma em falar o nome dele. Se está devendo tem que pagar. Não tenho procuração para defendê-lo. Como ela bem disse, foi em 1999 do qual eu não fazia parte. Então, também quero deixar claro, como ela bem disse, que esse processo se encontra na seara da qual eu entendo um pouquinho que é na parte jurídica: enquanto você não for condenado, com sentença transitado em julgado até a última instância, você não pode acusar nem afirmar nada.

Este processo ainda está no STJ que ainda nem subiu para o STF, está numa fase de embargos ainda. Então, está devendo? Eu também vou cobrar, porque é dinheiro da população que falta remédio. Se a Justiça determinar, vai ter de devolver. Não tenho procuração para defendê-lo. Mas também não tenho para acusar, porque não foi transitado em julgado. Esse é o primeiro ponto. 


Segundo ponto: do contrato da Servical Med. Quando foi firmado eu não fazia parte do governo, cabia, então, aos vereadores da época, fazerem ou não. Eu não sei nem que eram. Tentei pesquisa ali no google, mas o meu 3g não está funcionando muito bem. Não posso dizer quem eram os vereadores da época, mas esses podem vir e questionar se foi pago 300 se foi pago 1 milhão. Não sei. Não fazia parte do governo, então não falo.


Mas agora vamos falar de 2013 a 2016. Donde ela falou da empresa Pró-Saúde. Biliero está sentado lá no fundo, estou vendo ele lá. Ele era assessor do falecido vereador Borjão. Quando houve a denúncia no CQC, fui eu que entreguei praticamente toda documentação para o vereador Borjão que pediu que eu participasse da entrevista, mas eu estava em audiência e não pude participar. Outro fato: teve aqui alguns requerimentos, inclusive do próprio vereador Borjão, que sempre votei a favor.

Tinha umas figurinhas levantando quem era contra quem era a favor. Tudo o que poderia ter feito eu fiz. Se não fiz mais, foi porque não tive à época, os votos necessários para que pudesse passar. Não era nem eu. Era o vereador Borjão que tanto brigou pelas injustiças que estavam sendo feitas tanto a ele quanto ao vice-prefeito Marcão do qual a vereadora saiu candidata no partido dele. Então, é simples: não tenho procuração para defender nem o Luiz Braz, nem Armando Hashimoto e, muito menos, José Roberto de Assis. Eu defendo a mim, Leandro Bizetto, e a população.

Quando a gente fala que existem erros, como o vereador Paulinho falou, a gente está chamando aqui para que esclareçam. Ninguém está acusando. Nós queremos que esclareçam. Estou vendo vários advogados aqui. Vi o dr. Guaraci [Aguera], vi a dra. Thelma [Braga]. É o direito da ampla defesa e o contraditório. Agora falar que não foi dada oportunidade? Como bem disse o Marcelo Araújo: foram feitos dois ofícios, foi feito requerimento, foi dado prazo, foi dado prazo novamente. Não entregam.

Um fato mais claro agora, recentemente. Nós convocamos  o secretário de Saúde para que viesse explicar aqui porque está faltando remédio, porque está faltando especialista, porque o coordenador das ambulâncias está agredindo funcionários, sabe qual foi a resposta do secretário? Ele foi convocado, não convidado. Existe uma grande diferença. "Não posso ir na segunda [24.abr] porque tenho outros compromissos. Vocês remarquem para sexta-feira [28.abr]." Quando foi na quinta-feira, à noite, eu recebo uma mensagem do presidente [Dênis] dizendo que o secretário de Saúde não vem nesta casa porque ele aderiu a greve. Mas o prefeito soltou uma nota oficial que não tinha aderido a greve. E como ele é membro de alto escalão, ele deveria estar aqui. Para poder explicar pra gente e passarmos para a população o que está acontecendo. Agora, não, não vem.

O meio legal de se fazer é o que estamos fazendo. É inadmissível, como bem disse o vereador Paulinho, as irregularidades, nas poucas nomeações que vieram, a gente acabou vendo. Por exemplo, não vou citar nome de nepotismo porque não é fato, não é concreto, ainda não está provado que é, ou não. É uma suspeita que nós vamos apurar. Então não quero dizer nome para não deixar a pessoa constrangida, esse tipo de coisa acho que não é justo. Mas vou citar uma portaria de nomeação aqui, só para vocês terem ideia de como está sendo conduzido esse governo. Eu concordo com o Paulinho e com Marcelo quando falam do dr. Japim. Eu também acho o dr. Japim uma excelente pessoa, honesto, sincero, mas a equipe dele não ajuda. Eu não posso fazer nada." 

CONTRA CEI ARGUMENTOS FORAM PÍFIOS E ESPALHAFATOSOS

Na 7ª sessão ordinária, realizada nesta terça-feira, dia 2, durante a discussão referente ao requerimento 2565, de autoria dos vereadores Leandro Bizetto (PSDB) e Antonio Fiaz de Carvalho -Tonico-(PR), os argumentos do grupo de defesa do Executivo foram espalhafatosos para não dizer jocosos.
O requerimento propunha a instalação de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar denúncias referentes a nomeações e exonerações de servidores em comissão e funções gratificadas a partir de janeiro de 2017. A aprovação de um dispositivo de investigação como esse por 7 a 5, no 121° dia de uma gestão figura como record municipal.

Os pronunciamentos contrários foram protagonizados pelas vereadoras Cristiane Damasceno (PMDB) e Ana Paula Casamassa (DEM), e pelo vereado José Riberto (PDT).

Quem abriu a fila dos contrários foi a novata Cristiane, eleita pela coligação do PMDB. Seu discurso, na verdade, deverá render muitos posts, mas merece destaque o clima de palanque e o temor de um resultado que, segundo a própria porta-voz do governo, deve ser fatal. Vejamos: "Querem tirar um governo à força", afirmou a professora.

Ora, este é um discurso para o caso de uma instalação de comissão de impeachment que, na verdade, só poderá ser instalada a depender do desfecho do relatório da comissão que estava sendo proposta. Será que isso é uma condição de vidência ou premonição?

Outra declaração jocosa: "O voto foi sufragado nas urnas". Ora, não estava em discussão o capital eleitoral de ninguém. O tema do requerimento é uma questão de gestão de gente eleita, diplomada e empossada. O tom de palanque ficou absolutamente fora de contexto. Isso é explicado pela postura do próprio Japim que, em qualquer tempo e lugar, só sabe falar da enorme diferença de 12 votos que lhe conferiu a vitória pífia depois do esforço hercúleo que tiveram de fazer.

A vereadora Ana Paula Casamassa também investiu-se de armadura para defender o governo. Faltou, porém, bom senso na concatenação das palavras, para sustentar os argumentos.

Ainda não ficou claro, nem se sabe se é possível isso, sobre o que ela quis dizer quando disse que a CEI "vai gerar um grande prejuízo para os munícipes, aqueles que nos procuram aqui, gabinete por gabinete. Aqueles que dependem da fila do Sistema Único de Saúde que há tanto tempo está sem ceder vagas para os pacientes de Campo Limpo Paulista. Isso é a minha preocupação."

Até onde se saiba a Comissão é composta por vereadores. Inclusive os nomeados pelo presidente foram Leandro Bizetto, Marcelo de Araújo e Ana Paula Casamassa. Não consta nenhum secretário, diretor, coordenador, assessor ou assistente da Prefeitura. Logo, os serviços executados seguem seu rumo independente do andamento da comissão. Nem mesmo o prefeito ou vice precisam se ocuparem com a CEI. Bastará prestar as informações presenciais e/ou por documentos que forem solicitados. É a velha máxima da vida que segue.

O vereador reeleito pelo PDT, e ex-presidente da Câmara, José Riberto, iniciou seu pronunciamento contrário deixando transparecer a preocupação que não é só dele: "É um momento delicado. Um assunto delicado que se passa nesta casa hoje."

É curioso, porém, a escolha do termo "delicado". O que estaria sob risco? Os vereadores que propuseram e aprovaram o requerimento afirmam que ninguém está acusando nada, apenas recorrendo a um dispositivo legal previsto no Regimento Interno e na Lei Orgânica Municipal.

Querendo defender, considero que se perdeu com as palavras ao dizer que o prefeito é "novo e inexperiente com sua equipe". Ignora ou omite o fato, porém, que quem está mandando, na realidade, não é o Japim e sim, o ex-vice-prefeito jundiaiense. Assim, apelar à inexperiência é um argumento fraco, posto que o próprio Japim se envaidece de "grande contribuição" à Prefeitura de Franco da Rocha (sic!).

Seguindo o tom do atabalhoamento na argumentação, o ex-presidente da Câmara no biênio 2015/2016, minimizou a possível veracidade da denúncia de nepotismo e ignora deliberadamente que há outros fatores apontados pelos autores do requerimento como, por exemplo, publicação de portaria com data retroativa superior a 60 dias. Sendo que, segundo se afirmava no início da gestão, todos estariam trabalhando "voluntariamente", mas foram nomeados com efeito retroativo justamente dentro do período alegado como sendo de "voluntariedade".

SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 2 DE MAIO


Clique no link para assistir: <https://www.youtube.com/watch?v=Am-MV5FG4Og>


DISCUSSÃO SOBRE REQUERIMENTO 2565


LEANDRO BIZETTO
12:20 - 19:34

Como funcionou para chegar até este ponto. Temos um Regimento Interno e uma Lei Orgânica que tem de ser cumprida. Pois bem. Inicialmente, nós fizemos ofício ao prefeito para que enviasse as informações pertinentes que seriam, as portarias de nomeação, exoneração e FG [funções gratificadas]. Isso foi feito uma vez. Foi dado prazo de 15 dias, esse prazo não consta nem no Regimento, nem na Lei Orgânica mas, no entanto, é a forma como vereador consegue articular entre Legislativo e Executivo. E, como bem disse o secretário de Governo [Durval Orlato], ele [prefeito] não é obrigado a responder aos ofícios. 

Nós reiteramos os ofícios para que viessem as respostas. Mais uma vez foi dado mais de 30 dias e nada do ofício. Então, conversamos aqui na Casa. Foi feito um requerimento, esse sim, previsto e o prefeito tem a obrigação, o dever de entregar o que os vereadores pedem. Como o vereador Tonico disse, passado os 15 dias, foi entregue de forma parcial as portarias de nomeação e disse que, posteriormente, encaminharia o restante para esta Casa. 

A pedido da vereadora Dulce e do [vereador] Paulinho, para que eu e o vereador Tonico déssemos mais um tempo para que pudesse obter essa resposa do Executivo. Nós demos, passou-se aproximadamente um mês, e não foi feito. 

Na semana passada, nos reunimos, foi conversado e foi dado o prazo de mais uma semana para que entregassem a documentação solicitada. Passada uma semana, nada foi entregue. Aí, a vereadora Dulce, os vereadores Paulinho, Marcelo e Tonico se comprometeram que, se não fosse entregue, votariam para que se apurasse o que está acontecendo. Ninguém aqui está querendo briga. Só queremos apurar a denúncia que caiu na casa. Se ele não tem nada errado, nós estamos abrindo agora ao prefeito e ao secretário de Administração e Finanças, o então vice-prefeito, um direito constitucional: direito da ampla defesa e do contraditório. Para que ele entregue a documentação pertinente, para que ele possa vir explicar. Porque até aqui eu tenho o reclamo de vários vereadores que ele não responde a nenhum ofício.

Às vezes o munícipe pede algo para a gente e não temos porque a única maneira que temos de nos comunicarmos com o Executivo é mediante ofício, que não é previsto na nossa Lei Orgânica e no Regimento.

Então, hoje, essa Comissão Especial de Inquerito (CEI), ela foi proposta justamente para que possamos apurar várias irregularidades como suspeitas de crime de nepotismo. Foram feitas portarias de nomeação retroativas com mais de 60 dias. Porque aqui a gente ouvia que todo mundo estava trabalhando de forma voluntária no poder público. Quando o denunciante trouxe a mim e ao vereador Tonico, como pode trabalhar de forma voluntária, recebendo salário sem portaria? Como pode um servidor pegar uma viatura oficial e sair dirigindo? E se acontece um acidente, quem é o responsável por isso. Como pode um servidor aplicar uma multa, quer seja de trânsito, quer seja administrativa, sem ter a portaria de nomeação? 

Então, a gente quer apurar, realmente. Olha esse caso, o que aconteceu? Entrega a documentação de admissão. Entrega a folha de pagamento. Foi pago? Nós estamos aqui querendo dar a ampla defesa e o contraditório ao prefeito e ao secretário de Administração e Finanças, o vice-prefeito, para que nós possamos ter a transparência de estar informando a todos: 'Olha, realmente não existiu nada, foi apurado, o relatório foi final. Acabou. Está aí, denunciante, o que você fez não tem nada do que foi falado, está tudo certinho. É isso que a gente quer. 
Aproveitando que tem uma Câmara nova, com bastante gente com vontade de trabalhar, cada um à sua maneira, então, é importante que a gente tenha isso. E uma das coisas que também sinto aqui, é que não há esse diálogo. Ouvi de alguns vereadores que não há esse diálogo entre Legislativo e Executivo. 

Às vezes passa-se horas esperando para conversar, às vezes não conversa. Eu acho que tem de haver uma interação maior. A cidade não anda nada bem, como disse o vereador Dênis, mas a gente também não pode esperar, porque a situação vai se complicando, vem afetando. Então, o que a gente precisa? Apurar os fatos denunciados. Porque o denunciante disse a mim e ao vereador Tonico que se não for aprovado ele vai aplicar o decreto 201, uma lei federal. E aí vai ficar ruim para todo mundo, ruim para cidade. Ninguém quer aqui caçar bruxas, nós queremos apurar a verdade, pura e simplesmente a verdade. 

Como vai funcionar isso: o presidente Denis informou que, se aprovada a CEI, ele vai nomear três vereadores que terão o prazo de 60 dias, para poder solicitar toda documentação, para ouvir o prefeito, o vice-prefeito, após isso, caso não seja concluída a investigação tem mais uma prorrogação de 30 dias. E, ao prazo final, vai sair um relatório dizendo se existe ou não existe tais crimes, tais suspeitas. É isso que é a CEI. Ninguém está acusando ninguém. Nós queremos saber a verdade. Porque hoje a gente vê a falta de medicação, a falta de manutenção na cidade. Então, não é justo que se está faltando medicação, está faltando uma atenção por fatos que o denunciante trouxe a mim e ao vereador Tonico.

Se realmente não tem nada de erro, está tudo dentro da lei. Eu vou ser o primeiro a subir aqui e dizer: 'Olha, foi apurado, o relatório está aqui, a documentação está aqui. Vamos trabalhar, prefeito, que pode contar com a minha ajuda."

CRISTIANE DAMASCENO
20:14 - 28:30

Venho hoje nesta tribuna pra colocar de forma clara e com algumas questões que vejo conduzindo algumas ações não coerentes. Desde muito tempo essa cidade tem sido deixada de lado pelo poder público. Nós podemos ver isso com fatos históricos, ações judiciais, portanto, eu vou ler algumas questões que me trouxeram a analisar, a pensar, que em 120 dias de governo algumas atitudes realmente estão em desacordo, mas penso e coloco que algumas pessoas estão de forma que eu discordo. 
Vamos voltar lá em 1999, rapidamente, para saber aonde chega o valor que hoje essa cidade arrasta, os milhões que hoje tem de débitos nesta cidade. Trouxe alguns fatos aqui: importâncias desviadas por meio de lançamentos inexistentes na conta destinada ao INSS, alguém lembra disso? Pois esse é um fato que algumas pessoas não lembram mais. TSE investiga desvio de recursos em Campo Limpo, desvio de verba pública na saúde do município em 1997, onde 57 mil habitantes era o número do nosso município e 120 mil eram atendidos com dinheiro dos cofres públicos, aproximadamente 18 milhões saindo de caixa. Empresa vencedora de licitação, Servical Med que recebia, em média, R$ 300 mil mensal, preços não condizentes com o do mercado. Vamos agora aproximar um pouquinho que todo mundo vai lembrar dessa data e desse fato o qual o prefeito que eu apoiei, foi uma das pessoas que denunciou. Campo Limpo Paulista esteve envolvida com escândalos da merenda escolar, saúde pública, no Programa CQC, na TV Bandeirantes, em um programa [quadro] onde houve denúncias de irregularidades, onde a Prefeitura beneficiou uma empresa com contratos emergenciais. Sabe qual era o valor? Um milhão e oitocentos, para quem não lembra. Três vezes maior que a antiga gestora do hospital. A empresa escolhida para o nosso município na época possuía 19 milhões em dívidas e mais de 200 processos. 

Daqui a pouco eu vou dizer aos senhores onde quero chegar com essas questões. Vou dar uma puladinha na minha área, deixou de aplicar na Educação básica 25% do que era obrigatório, ocultação de passivo no balanço patrimonial, esse ano é referente a 2011. Não contabilização das inscrições e cancelamento da dívida ativa, renúncia da receita irregular, planejamento irregular de políticas públicas, transferências orçamentárias, demonstrativos contábeis inconsistentes, quebra injustificada na ordem de pagamento, folhas de balanço patrimonial [?!]. Nepotismo: foi votada a mudança de DSU para SSU para manter cargos de nepotismo. 

Agora, eu coloco aqui um questionamento aqui aos senhores, partidários ou não, munícipes, pessoas, né, que são servidores públicos deste município os quais se encontram aqui nesta Câmara. Eu coloco um questionamento a vocês: em 120 dias de governo, eu acho muito prematuro uma CEI. Acho que o governo tem que ter transparência, sim. Não sou contra a transparência, mas acredito ser prematuro uma CEI. Por que no governo que antecipou a este, que foi um dos governos com mais escândalos e desvios nesta cidade, ninguém pediu uma CEI? Por quê? 

[protesto da plateia que rechaçou a afirmação]

CEI?! Pediu? Passou CEI, passou? Muito bem, tô por fora, né? Então, vamos lá. Contratos como DA Publicidade, contratos com empresas e licitações irregulares ao antigo governo foram inúmeras. 

Portanto, tenho aqui exonerações, porque estou me colocando, tenho em minhas mãos exonerações que foram feitas, indicadas pelos vereadores, hoje e temos aqui exoneração de vários funcionários que foi feito no dia de hoje. Concordo, sim, que exista transparência. Eu penso o seguinte: deixo registrado e claro aqui. Não tenho nada contra a transparência, não devo a este governo, mas sou contra o partidarismo a essa cidade que está num caos e ainda querem levar adiante. Adiante! É isso que querem. Querem tirar um governo à força. Pois bem, admitam. O voto foi sufragrado nas urnas. Foi lá que foi decidido. Acabou essa disputa. Daqui quatro anos todos os partidos terão oportunidade para, de novo, disputar e participar do pleito. E se o povo achar que deve, ser eleito e ser colocado de novo à frente desta cidade. E alguém levar essa cidade com transparência, com seriedade o qual eu não vejo muitas pessoas aqui. Vocês me desculpem, mas o verdadeiro trabalhador, aquele cara que não tem partido algum, ele ainda nem sei se desceu do trem, está descendo, está dentro das faculdades. Nós temos 81 mil habitantes. Portanto, vejo uma quantidade mínima e partidarista dentro desta Câmara. Podem se colocar, pois aqui tenho direito à minha palavra e à minha posição. E ao momento que indícios, irregularidades reais ao qual eu não tenho problema de apontar como apontei Mirailton e pedi exoneração do mesmo, quando tiver indícios em minhas mãos, provas, com certeza, serei contra esse governo, com certeza. 

Portanto, vejo alguém que está se esforçando, vejo alguém que está lutando. Com uma dívida gigantesca, tá. Deixada não é do ano passado, não, ela se arrasta durante anos. E se fosse o meu candidato que tivesse eleito, ele também teria essa dificuldade. Pois o que foi deixado no arrasto do último governo não foi pouco. Foi uma devastação.


ANA PAULA CASAMASSA
29:50 - 34:13

Fico bem tranquila em relação à decisão que vou tomar nesta casa de leis hoje, uma vez, como bem disse a minha colega, vereadora Cristiane Damasceno, em primeiro lugar nós temos que respeitar a vontade da população. Os votos conferidos a mim, aos senhores que estão aqui, do parlamento, ao nosso prefeito e, consequentemente, ao nosso vice-prefeito, de certa forma eles têm que ser respeitados. 
Num passado pouco distante, nós tivemos denúncias aqui nesta Casa de Leis feitas nesta tribuna onde eu como presidente da Comissão de Saúde e muito bem aqui, com muito orgulho menciono o nome dos ex-companheiros vereador Jorge Mello e vereadora Maria Paranhos,  pela comissão nós fizemos uma investigação interna e ela foi muito bem sucedida. Concordo que em apenas 120 dias de governo há uma fragilidade no poder público municipal. Uma medida tão drástica como uma CEI não coloca em cheque algumas coisas pontuais que estão acontecendo por parte do Executivo. Coloca em cheque o dia-a-dia do cidadão, daqueles que necessitam usar dos postos de saúde, do nosso hospital, das escolas. Ora, meus caros, estamos passando por uma fase de transição. Quem foi aqui reeleito, continuou no mandato corrente. Nós não tivemos período de descanso. E os que assumiram, também estão há 120 dias de governo. Eu entendo que o ato é legítimo do poder Legislativo em fiscalizar. Porém, existem comissões internas dentro desta Casa que poderia estar fazendo de uma forma bastante transparente, poderia estar convocando o sr. prefeito, o sr. vice-prefeito, o secretário, seja quem for para prestar esclarecimentos e diante de uma prova bastante contundente, nós, sim, todos em conjunto, com documentos em mãos, colocar esse projeto um pouco mais, eu posso dizer, com um pouco mais de cautela. 

Nós entendemos, também, que o Ministério Público anda lado a lado com o poder Executivo, Legislativo e não vem passando a mão nos governos. Seja no governo passado, bem como disse a vereadora, porque ainda existe processo em andamento, seja no governo atual. Então, eu, como representante da população, honrando os votos que tive,  me sinto muito tranquila em dizer que esta CEI vai gerar um grande prejuízo para os munícipes. Aqueles que nos procuram aqui, gabinete por gabinete. Aqueles que dependem da fila do Sistema Único de Saúde que há tanto tempo está sem ceder vagas para os pacientes de Campo Limpo Paulista. Isso é a minha preocupação. Essa é a preocupação de alguns pares aqui dentro. Então venho aqui dizer que eu estou com a minha consciência tranquila. Não tem nada, abslutamente nada que me obrigue a favor desta CEI, ou contra esta CEI, vocês vão apreciar o meu voto. Eu quero dizer que quem aqui apontar alguma coisa, algum vínculo com este governo, que prove. Mas que prove mesmo porque eu faço questão de falar pra essa pessoa que ela está mentindo. A minha preocupação hoje é com a população de pouco mais de 80 mil habitantes que temos em nossa cidade. 


MARCELO DE ARAÚJO
34:28 - 37:52

Reforço aqui minhas palavras que quero acreditar que as portarias feitas retroagidas, não houve dolo, má fé, nem prejuízo ao erário e, sim, um equívoco por parte da administração. 

E, não há partidarismo. Não há partidarismo na medida que foi um erro e a CEI é uma forma de transparência, sim, para poder apurar esses indícios. Não há nada pessoal. Eu afirmo que não há nada pessoal com dr. Japim. Uma pessoa que conheço, respeito, nesses primeiros meses de mandato, tenho uma uma afinidade, converso com ele, é uma pessoa de ombridade. Mas nós não podemos aqui, eu como legislador deste mandato, eu não posso ser omisso a esta questão. Venho denúncia a essa Casa eu, como legislador, tenho, sim, fazer se cumprir dentro da forma regimental. Então, que fique claro: não há pessoal contra o prefeito, contra a pessoa dr. Japim.

Respeito a opinião das vereadoras, das pessoas que são contra a este inquérito. Não fui vereador [em gestões anteriores]. Se fôssemos apurar aqui, se levantarmos apuração vamos achar problemas no prefeito Adherbal da Costa Moreira, porque de lá para cá houve várias prefeitos, vários vereadores. Eu como vereador nesta legislatura, 2017/2020, vou usar essa tribuna com decência, vou fazer o que acho certo. A Palavra de Deus fala: "sim, sim, não, não o que passa disso é do maligno". Nós tivemos oportunidade, sim, de falar, como foi falado pelos vereadores, teve um bom senso. Foi pedido requerimento, na forma regimental. Não atendeu. Houve mais um pedido de outros vereadores, mais uma semana. Eu fiz o último, que foi o tiro da misericórdia, mais uma semana pedi. Eu pedi para que pudesse mostrar. E minha palavra foi essa, se não tivesse atendido a nossa solicitação, nós entraríamos com a CEI para transparência. Peço que cada um vote com consciência, que cada um é responsável pela sua legislatura. Eu tive 755 votos e esses votos eu vou atuar para 83 mil habitantes aqui.
Estamos dispostos a fazer diferente. Estamos dispostos a fazer a diferença. Nós estamos aqui neste lugar, muitas pessoas novas e temos este compromisso. Não adianta nada a gente falar que juntos somos mais fortes e chegar em um momento desses que o povo precisa de ouvir a transparência e a gente recuar. Que Deus abençoe a nossa cidade de Campo Limpo Paulista.


PAULINHO DA AMBULÂNCIA
38:25 - 41:10

Venho aqui defender a palavra do meu amigo vereador, Marcelo Araújo, porque é o seguinte: nós somos eleitos pelo povo, quem votou em nós foi o povo de Campo Limpo, não foi o povo de Jundiaí de qualquer outro lugar. O que eu quero dizer pra vocês é o seguinte: eu sou sim a favor, porque fui eleito pra fiscalizar tudo o que acontecer de errado na minha cidade. E eu vou fiscalizar, sim. Porque nós temos provas. Nós não subimos aqui nesta tribuna pra falar mentira. Nós estamos subindo aqui para falar a verdade. Porque documento nós temos em mão. Doi a quem doer. Eu  não vou ficar omisso. E quero dizer mais uma coisa a vocês: eu não vivo de passado. Quem vive de passado é museu. Eu tô no presente. Eu estou aqui no presente. Eu quero que a minha cidade comece a andar a partir de agora. Porque eu confio neste homem que está aí. Eu confio no dr. Japim. Ele tem o meu voto a partir do momento que ele tome consciência que o prefeito dessa cidade começa com a letra "J". Japim! Certo? Então, tome consciência. Como foi dito aqui, não adianta você ter um belo time de futebol e não ter um técnico. Eu estou aqui para fiscalizar a minha cidade e não vou me arrepender do que estou dizendo aqui. Vamos fiscalizar, sim. Está tudo documentado aí. Não estou aqui falando mentira. Estamos aqui trabalhando para fiscalizar esta cidade. É isso que nós vamos fazer. Eu estou aqui para defender o meu povo de Campo Limpo Paulista. Uma cidade que em 120 dias, não tem nada. Nem capinação, nem tapa buraco, não existe nada na nossa cidade. Gente, pelo amor de Deus, vamos trabalhar. Vamos olhar. Não vamos ficar tapados.

LEANDRO BIZETTO
41:40 - 50:15

Marcelo, parabéns pelas sábias palavras. Paulinho, excelentes palavras, sábias palavras. Pois bem. A vereadora Cristiane Damasceno ela citou alguns fatos que ocorreram no passado e, de 2013 a 2016 eu me sinto incluído, por isso estou subindo aqui para alguns questionamentos e poder esclarecer. Primeiro ela iniciou em 1999 com a dívida de R$ 1,2 mil que virou R$ 8 milhões, que são R$ 12 milhões, que essa dívida foi feita pelo ex-prefeito Luiz Antonio Braz. Não tenho vergonha nenhuma em falar o nome dele. Se está devendo tem que pagar. Não tenho procuração para defendê-lo. Como ela bem disse, foi em 1999 do qual eu não fazia parte. Então, também quero deixar claro, como ela bem disse, que esse processo se encontra na seara da qual eu entendo um pouquinho que é na parte jurídica: enquanto você não for condenado, com sentença transitado em julgado até a última instância, você não pode acusar nem afirmar nada. Este processo ainda está no STJ que ainda nem subiu para o STF, está numa fase de embargos ainda. Então, está devendo? Eu também vou cobrar, porque é dinheiro da população que falta remédio. Se a Justiça determinar, vai ter de devolver. Não tenho procuração para defendê-lo. Mas também não tenho para acusar, porque não foi transitado em julgado. Esse é o primeiro ponto. 

Segundo ponto: do contrato da Servical Med. Quando foi firmado eu não fazia parte do governo, cabia, então, aos vereadores da época, fazerem ou não. Eu não sei nem que eram. Tentei pesquisa ali no google, mas o meu 3g não está funcionando muito bem. Não posso dizer quem eram os vereadores da época, mas esses podem vir e questionar se foi pago 300 se foi pago 1 milhão. Não sei. Não fazia parte do governo, então não falo.

Mas agora vamos falar de 2013 a 2016. Donde ela falou da empresa Pró-Saúde. Biliero está sentado lá no fundo, estou vendo ele lá. Ele era assessor do falecido vereador Borjão. Quando houve a denúncia no CQC, fui eu que entreguei praticamente toda documentação para o vereador Borjão que pediu que eu participasse da entrevista, mas eu estava em audiência e não pude participar. Outro fato: teve aqui alguns requerimentos, inclusive do próprio vereador Borjão, que sempre votei a favor. Tinha umas figurinhas levantando quem era contra quem era a favor. Tudo o que poderia ter feito eu fiz. Se não fiz mais, foi porque não tive à época, os votos necessários para que pudesse passar. Não era nem eu. Era o vereador Borjão que tanto brigou pelas injustiças que estavam sendo feitas tanto a ele quanto ao vice-prefeito Marcão do qual a vereadora saiu candidata no partido dele. Então, é simples: não tenho procuração para defender nem o Luiz Braz, nem Armando Hashimoto e, muito menos, José Roberto de Assis. Eu defendo a mim, Leandro Bizetto, e a população. Quando a gente fala que existem erros, como o vereador Paulinho falou, a gente está chamando aqui para que esclareçam. Ninguém está acusando. Nós queremos que esclareçam. Estou vendo vários advogados aqui. Vi o dr. Guaraci [Aguera], vi a dra. Thelma [Braga]. É o direito da ampla defesa e o contraditório. Agora falar que não foi dada oportunidade? Como bem disse o Marcelo Araújo: foram feitos dois ofícios, foi feito requerimento, foi dado prazo, foi dado prazo novamente. Não entregam. Um fato mais claro agora, recentemente. Nós convocamos  o secretário de Saúde para que viesse explicar aqui porque está faltando remédio, porque está faltando especialista, porque o coordenador das ambulâncias está agredindo funcionários, sabe qual foi a resposta do secretário? Ele foi convocado, não convidado. Existe uma grande diferença. "Não posso ir na segunda [24.abr] porque tenho outros compromissos. Vocês remarquem para sexta-feira [28.abr]." Quando foi na quinta-feira, à noite, eu recebo uma mensagem do presidente [Dênis] dizendo que o secretário de Saúde não vem nesta casa porque ele aderiu a greve. Mas o prefeito soltou uma nota oficial que não tinha aderido a greve. E como ele é membro de alto escalão, ele deveria estar aqui. Para poder explicar pra gente e passarmos para a população o que está acontecendo. Agora, não, não vem. O meio legal de se fazer é o que estamos fazendo. É inadmissível, como bem disse o vereador Paulinho, as irregularidades, nas poucas nomeações que vieram, a gente acabou vendo. Por exemplo, não vou citar nome de nepotismo porque não é fato, não é concreto, ainda não está provado que é, ou não. É uma suspeita que nós vamos apurar. Então não quero dizer nome para não deixar a pessoa constrangida, esse tipo de coisa acho que não é justo. Mas vou citar uma portaria de nomeação aqui, só para vocês terem ideia de como está sendo conduzido esse governo. Eu concordo com o Paulinho e com Marcelo quando falam do dr. Japim. Eu também acho o dr. Japim uma excelente pessoa, honesto, sincer, mas a equipe dele não ajuda. Eu não posso fazer nada. Por exemplo, eu tenho a portaria número 17 alguma coisa, feita em 2 de março de 2017:

Roberto Antonio Japim de Andrade, prefeito municipal de Campo Limpo Paulista, estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais conforme inciso 2, artigo 172 da Lei Orgânica do Município (nós temos uma lei, pessoal), resolve: designar a partir do dia 3 de janeiro de 2017..."

Opa, 3 de março, 3 de janeiro? 60 dias. Pior: "esta portaria entra em vigor na data de publicação, revogando as disposições em contrário. Publicada na Secretaria de Administração e Finanças desta Prefeitura ao dia 3 do mês de janeiro de 2017". 

Como pode uma portaria feita em 3 de março, foi publicada em 2 de janeiro? O além chegou em Campo Limpo também? 

O que quero dizer com isso? Ele precisa explicar. Ele pagou uma pessoa sem ter portaria? Nós vamos pedir a folha de pagamento. Queremos aqui toda documentação de admissão da funcionária tal, do funcionário tal, porque tem exame médico, tem um monte de coisa. Quando alguém vai trabalhar em uma empresa, chega lá de calção, camisa: 'Vim trabalhar!' Não é assim. Faz o exame médico, o exame períodico, apresenta a documentação. É o processo seletivo normalmente que se conduz. A diferença do poder público e do privado é a CLT e estatutário. 

A gente tem que apurar, sim, porque foram denúncias que chegaram. Se as portarias tivesse vindo e não tivesse nada, isso daqui estaria lá no arquivo guardado. Mas como bem disse o Paulinho, tem tudo aqui, é só averiguar. 

A Constituição é linda. Ela dá o direito do ampla defesa e contraditório. Eles terão todo tempo possível para ter ampla defesa e contraditório. Só quero deixar claro e reafirmo: não tenho procuração de dr. Luiz Antonio Braz, não tenho procuração de Armando Hashimoto porque se passar procuração pra mim eu quero ganhar dinheiro, preciso cobrar porque eu vivo de honorários advocatícios e também não tenho do José Roberto de Assis. Se fizeram, que paguem. Porque se eu fizer eu vou pagar também. 

EVANDRO GIORA
50:37 - 56:38

Queria fazer um breve relato da minha postura aqui na Câmara Municipal para me posicionar com relação à instalação da CeI. 
A favor do que eu votei? Primeiro, votei a favor do requerimento de informação. Este requerimento foi unânime. Então, da minha parte eu seria incoerente eu votar um requerimento de informação aonde ele não foi, na sua totalizade, responde e eu não dar continuidade a essa postura de transparência pra que a gente possa ajudar o dr. Japim. 

Quero ressaltar aqui que eu faço campanha para o dr. Japim há 20 anos e tenho orgulho de ter sido eleito com ele. Então, a minha postura é pra ajudar o dr. Japim e eu tenho certeza que ele vai sair fortalecido dessa situação que esses desencontros vão ser esclarecidos. 

Qual projeto que votei a favor aqui. Projeto do vereador Marcelo que pede transparência na questão dos remédios, que seja disponibilizada uma lista pra facilitar a vida do munícipe pra que ele não perca tempo indo até a Farmácia Popular, não encontrando este remédio. Então, mais uma vez, a minha postura foi pela transparência. Um projeto de lei que fala da transparência.

No uso da tribuna, em uma das sessões, também falei da necessidade de nós termos transparência na questão da vaga em creche. Porque acho importante que o munícipe saiba em que colocação ele está, se vai ser chamado, se não. Então, fiz uma indicação ao governo pedindo a transparência da lista das creches pra que esse serviço público não seja personalizado e o amigo do rei, possa indicar uma vaga de creche. Ou não. Se você não é amigo, se você não tem contato político, você não tem acesso a vaga em creche. Então, meu posicionamento, mais uma vez, foi pela transparência. 

E hoje, qual projeto que eu aprovei? Projeto da Paulinha do Vitória que fala sobre o que? A publicidade do dinheiro público indo para as entidades. Esse projeto legisla sobre o que? Transparência. Qual foi a minha postura? A favor do projeto em primeira e segunda votação.

Qual foi a minha postura com relação ao projeto do vereador Marcelo, que foi lido hoje, que é com relação à publicização das multas que tem na cidade. Mais uma vez, parabéns. Vou votar a favor desse projeto porque é fundamental que a gente tenha transparência nesse serviço público. Qual que é a minha postura? Pela transparência. 

Projeto de lei criado pelo Executivo que cria o conselho municipal gestor de Habitação de Interesse Social onde tem indicação do Executivo, indicação do Legislativo, indicação, participação da população. Por que se aprova um conselho? O conselho vai fiscalizar quando vem 
construção de habitação popular. Vou aprovar um conselho que fala, mais uma vez, da transparência e vai fiscalizar a questão da habitação no nosso município.

Então, estou me justificando aqui, porque quero falar da minha postura no Legislativo. Todos esses projetos de lei estão falando da transparência, publicidade, a necessidade da população estar participando e vendo a postura do Executivo e do Legislativo. Tem uma ação aqui da Câmara, a gente grava alguns vídeos convidando os munícipes para participarem das sessões. Então, a palavra-chave é: publicização tanto do Executivo, como do Legislativo.

Se tem interesses políticos, e eu acredito que tenha, se tem interesses pessoais, o meu interesse aqui tem uma linha de raciocínio. Qual que é a linha de raciocínio? É a coerência, as posturas que venho tendo aqui neste Legislativo. Então, seria incoerente da minha parte votar a favor de um requerimento de informação e, agora, esse requerimento ele foi apresentado parcialmente e, agora, eu votar contra. 

Eu tenho certeza que o dr. Japim vai sair fortalecido deste processo. Porque, para mim, há alguns desencontros nessas portarias e ele vai se justificar, vai sair fortalecido. A Câmara, com certeza, não está contra ele. Mas é importante essa publicidade, porque perante a opinião pública ele se fortalece, perante o Legislativo, ele se fortalece. Então, meu posicionamento eu já antecipo aqui: vou voltar a favor da consolidação desta CEI por questão de coerência. Eu não posso me contradizer. Todas as minhas posturas foram pela publicidade, pela transparência. 

RIBERTO
56:58 - 1:00:03

É um momento delicado. Um assunto delicado que se passa nesta casa hoje. Eu fui o único vereador [re]eleito da gestão anterior apoiando o dr. Japim. Tenho certeza que o dr. Japim não vai decepcionar a população. Também votei a favor do requerimento da transparência.

Só temos que tomar cuidado, porque estamos aí a 120 dias de comando, gestão nova, prefeito novo,  "vamos se falar", um prefeito inexperiente com sua equipe e aí tudo está acontecendo de uma forma que nós estamos esquecendo das outras coisas que é prioridade para nossa cidade. Nós estamos dando ênfase numa situação de nepotismo. Não pode? Não pode. Temos de fiscalizar? Sim. 


Mas no momento nós temos coisas muito mais importantes na nossa cidade para nós vereadores irmos atrás. Então eu digo que no requerimento aprovado que eu votei, foi entregue parceria parcial aonde veio carta anexa dizendo que, posteriormente, seriam entregues as demais portarias. É lógico, por uma coincidência foi entregue hoje, protocolado na Casa as portarias que faltavam. Então eu gostaria muito de analisar as que foram entregues, essas que entregaram hoje, antes de tomar qualquer atitude.

Então, hoje, pra mim, eu ainda sou contra essa CEI porque eu não analisei o requerimento entregue nessa casa. Estarei amanhã, junto com a comissão, nós temos a comissão aqui que pode analisar esse fato. Eu sou do partido das palavras da Cristiane que se, realmente, o dr. Japim fez alguma coisa de errado, está aqui um vereador que prega pela honestidade e transparência. Eu vou, também, seguir o caminho do que os demais vereadores estão seguindo, mas quero ter a prova primeiro. Então, hoje, ainda não posso decidir desta forma. Mas estou subindo nesta tribuna para dizer a vocês, se tiver alguma coisa errada, eu vou ser o primeiro a ser contra também. 

TONICO
1:00:30 - 1:02:40

Volto aqui nesta tribuna para dizer que não tem nada aqui contra o Japim. Não é nada político. Não é nada pessoal. A denúncia chegou. A gente fez um pedido e aqui está. Na verdade, as provas estão aqui. Nós queremos averiguar se isso daqui é verdadeiro. Nada, nada, mais do que isso, sr. presidente. Então, não venha dizer que é problema político, que é problema partidário, que é coisa pessoal. Não tem nada pessoal. Foi pedido um requerimento, que foi respondido parcialmente. 


Se chegou hoje na Casa de Leis, eu não tenho conhecimento. Para mim, está parcial. Temos que aprovar essa CEI. Tem o meu voto. Tem meu consentimento. Porque o requerimento foi aprovado por unanimidade. Só que, hoje, vota quem achar que deve continuar [a apuração], quem achar que não deve continuar, é um direito. Isso é uma democracia. Ninguém aqui está obrigando ninguém a votar. Ninguém está fazendo chantagem com ninguém. Estamos deixando liberado e livre. Chegou na mão do vereador Leandro e vereador Tonico, passamos a todos os vereadores que têm conhecimento. Gente, vou repetir, dae novo: não é pessoal. Nós queremos só averiguar. Como diz o vereador Leandro Bizetto, se não tiver nada, esclereça, está tudo terminado e vai ficar arquivado.  


 
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