Entrevista quer apagar fogueira, mas acende a fornalha


Depois de dizer tanta excrescência e fazer publicar em jornal chapa-branca que "Os problemas que aparecem são realmente naturais quando administramos mais de 11 mil alunos, mas ir aos jornais e dizer que tudo está ruim é certamente uma atitude de pessoas que torcem para que tudo, realmente fique assim", segundo a emissária do velho mentiroso.

Os otários publicam o seguinte: "Mesmo com a ação efetiva de grupos de oposição que utilizam algumas mídias para tentar passar a imagem de caos na educação de Campo Limpo Paulista, a realidade é muito diferente". Um discurso que desdenha e tripudia na cara da sociedade.

Aí, depois disso, aparece tentando montar um quadro da Renascença com tanta luz que mais parece uma ascensão. Só que, quem vive a realidade sabe quanto de sombra densa está no meio disso tudo.

Ainda que tentasse levantar o próprio moral, o encerramento da entrevista concedida ao sr. Afonso Pereira, da Rádio Cidade, encomendada, armada, montada e mal roteirizada foi:
"Quando as coisas não vão bem, o que falam, nós deixamos de lado e nós mostramos com trabalho. Nós vimos aqui para trabalhar e vamos continuar trabalhando."

Se isso é o que chamam de "trabalho" eu nem quero saber o que consideram "ócio", "ineficiência", "negligência" e coisas que se estão ocorrendo em Campo Limpo são mera coincidência.

Vide tópicos da pérola radiofônica.

SOBRE A SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO
"Olha, nós estamos contentes. Neste momento, com as escolas reiniciando, voltando, depois dessa parada, que é uma parada muito importante para que as escolas se organizem, para que as limpezas sejam realizadas nos prédios escolares, como foi feito dedetização, desratização... Deixar o espaço físico agradável para receber nossas crianças. A poda dos matos começaram, essas podas começaram no dia 5 de janeiro, que tem todo processo licitatório, nós cumprimos também isso. Então, os espaços físicos para receber nossas crianças estão sendo cuidados. E mais do que isso, Afonso, a parte pedagógica da escola, do ensino em si que é o foco da escola pública."
 
SOBRE SISTEMA SESI
"Nós implantamos no nosso município a metodologia Sesi. Foi um programa de governo do nosso prefeito José Roberto que com grande êxito a rede Sesi entra em Campo Limpo e já faz a sua implantação. Temos também material de inglês e temos, também, a escola de tempo integral. As creches, vamos inaugurar duas creches agora. Então, nós temos assim tudo a falar de muito bom de Campo Limpo Paulista."

Sobre este tema, ainda de forma meio truncada, confusa às pampas, foi dito que como o Sistema Sesi não contempla o ensino de Inglês, os professores teriam solicitado um material extra para ensino de inglês. Ora, é público e notório que os professores da rede municipal se queixaram do fato de não conhecerem o material antes da decisão "goela a baixo" para a adoção do sistema. Como, de repente, eles pediram por algo complementar, se não conheciam o inteiro teor?

APRENDIZADO
Falando sobre um tema de discussão político-eleitoral, segundo o locutor, foi citado que muitos alunos chegavam ao 4º ou 5º ano sem saberem ler e/ou escrever. Quanto a isso, eis a transformação de 780 dias.

"A criança não é avaliada depois do bimestre, lá pra março. Não. Fez atividade, o professor detectou que ele não aprendeu é feito logo o reforço. Essa recuperação contínua, paralela, dentro da sala de aula.
O que nós discutimos sempre com nossa equipe técnica daqui da educação? Qual é a melhor escola para o seu filho? Onde ele aprende. Então, com esta filosofia de prática educacional, nós aplicamos em Campo Limpo Paulista. O próprio professor diagnosticando vai dando suporte para que esse aluno aprenda."


Atenção, professores, vocês estão assim tão "poderosos"? Conseguem dar conta deste recado dessa forma? Gerir simultaneamente com atividades distintas diferente níveis de aprendizado? E se o problema não é cognitivo e sim, emocional? Já está atuando na rede os psicopedagogos?

PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
O bajulador pergunta se a família tem interesse em acompanhar os seus filhos. Eis a resposta.
"Tem sim. É uma relação muito boa da escola e a família. É uma parceria, Afonso, que não tem mais volta. Pai, mãe sempre na escola, colaborando quando eles podem, que também trabalham, mas a parceria da família com a escola é o sucesso do aluno. E nós aqui em Campo Limpo também trabalhamos assim. A secretaria está aberta a receber os pais que aqui vem. As escolas recebem. Os diretores recebem. Os coordenadores. Fora as reuniões bimestrais dos pais. Os pais têm uma participação, e para nós isso é muito importante. Porque a família, Afonso, ela é insubstituível. Eu sempre digo o que Paulo Freire dizia: "A escola pode muito, ela não pode tudo". Então a família estando presente, participando com a escola, nós vamos ter alunos de sucesso, sim."

Ela só esqueceu de mencionar que deixou quase 30 mães esperando por 1h15 (75 minutos), alegando que estava em reunião com professores. Que receptividade! Estou comovido! Acho que vou me chicotear por ser tão cruel com uma alma tão cândida.

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Apostilado Sesi e kits escolares evidenciam Torre de Babel


Com as aulas iniciadas no dia 5 de fevereiro, uma quinta-feira, em apenas 16 dias a zona que virou a Secretaria de Educação deu os primeiros choques na população.

Não bastando o fato das escolas estarem dominadas pelo mato, com registros de animais peçonhentos, banheiros danificados, goteiras, a questão pedagógica está tão emaranhada quanto uma teia de aranha.

Sobre os kits escolares as diretoras estão orientadas a dizer que "estão providenciando". Omitem dos professores como se boa parte não soubesse da suspensão de dois pregões por determinação de instâncias superiores.

Acerca do sistema apostilado SESI, aquele que foi escolhido sem conhecimento prévio de quem precisa utilizá-lo, as informações também são péssimas.

Para começar, o tempo de orientação para uso do material foi de apenas 4 horas. Segundo professores experientes, precisariam de mais.

Outra avaliação dá conta que a apostila para o Ensino Infantil tem atividades que exigem nível de escrita. Como as crianças ainda estão evoluindo nisso, ao menos neste semestre, não vão utilizar.

Já o material focado no Ensino Fundamental foi avaliado como desatualizado por um docente. O uso de tecnologia da informação também se fará necessário, contudo, as escolas estão sem laboratórios de informática. Logo, teremos uma subutilização neste caso.

Uma professora definiu-se como "fula da vida" e "desnorteada". Será que se tivessem chamado os professores para conversar sobre a adoção do sistema, teríamos está situação?

Para não perder o costume, o Clube da Vingança vai torrar mais de R$ 1 milhão e o retorno para o aluno será pífio ou até inexistente.

#‎Educação‬

Que País é esse?


A pergunta de Renato Russo, que ecoa desde os anos 1980, continua sem uma resposta objetiva. É bem verdade que outro grande poeta, Tom Jobim, ponderava que o Brasil é "um país de para baixo". O mesmo Tom afirmou que "o Brasil não é para principiantes". Muitos anos depois que deixaram este plano da existência, as declarações dos poetas continuam vívidas. Esta semana, em especial, suas figuras foram avivadas em minha memória. A sucessão de chamadas na imprensa nacional, para mim, são de causar rubor a qualquer cidadão com um mínimo de disposição para ser honesto.

Entretanto, em se tratando dos governantes petralhas e daqueles que escolheram ser otários em nome de uma ideologia esquerdopatizada, não existe nada pelo que se surpreender. Tudo é válido. Tudo é normal. E, se começou na gestão do FHC, como apontou depoimento ouvido esta semana na Polícia Federal, em Curitiba, tudo bem! É aquela história: 'Se eles podiam, por que nós não?'

A esta altura do campeonato, com a deflagração da 9ª etapa da Operação Lava-Jato que trouxe mais revelações tão aterradoras quanto as de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, a gangue prefere adotar o discurso de intriga, armação da grande mídia, jogo de cena dos partidos de oposição, anti-petismo dos coxinhas paulistas ou coisa que o valha.

A gangue resolveu se reunir em Belo Horizonte para comemorar os 35 anos de embuste. Uma vez aglomerada a 'fina flor' da podridão, o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não só se faz presente, mas teve seu momento de glória. Uma cartase de pilantras, com direito a aplausos efusivos de uma plateia que, pelo visto, deve suas eleições e funções no poder à habilidade dos tesoureiros petistas em arrecadar tantos fundos de origem duvidosa.

O apedeuta-mor, Lula da Silva, declara em alto e bom som que, na dúvida, fica com o companheiro. Lealdade típica de gangue. Parece que a bandidagem nacional fez pacto de sangue. Cumprimentaram-se com escarro na mão. E, tal qual se pratica entre marginais que roubam em menor monta, devem praticar o selinho como prova de cumplicidade e devoção.

Dilma Rousseff que, mais uma vez, manteve o peso de seu capricho e teimosia na escolha do novo presidente da Petrobras, ainda vocifera no meio da trupe dizendo que os brasileiros devem ter orgulho da estatal. Eu não me envergonho da empresa. Tenho sim, orgulho da mesma. Entretanto, tenho amor próprio. E como "dono" da petrolífera, assim como os demais 200 milhões de brasileiros, não posso me orgulhar da mesma ter sido invadida e estar num estado de sucateamento tão acentuado que ninguém fora do grupo governista, com o mínimo de seriedade, aceitou ao convite da generala.

A dieta da semana incluiu da comida estragada ao fel. Meu prato indigesto foi ver estampado na mídia o fato que o Moluscão continua tendo mais poder de influência do que merece. Foi por sua intervenção que Dilma, enfim, resolveu mudar a diretoria da Petrobras. O jogo de cena da "demissão coletiva" foi só medida para "saída honrosa", se é que isso seja possível no atual contexto.

Além de ficarmos estupefatos com a sucessão de desgraças, resta-nos a expectativa de que o povo brasileiro aprenda algo com tudo isso. Aprender a votar, seria, talvez o primeiro passo. Entretanto, nem almejo tanto para um espaço de tempo tão curto. O petralhismo é uma chaga que se aproveita da corrupção endêmica, da vontade de tirar vantagem em tudo que ainda macula o povo brasileiro. 

O petralhismo torna institucional a conduta do malandro. Assim, vê-se no topo das hierarquias gente que age como se estivesse no baixo clero. Canalhas capazes de achar que estão "se dando bem" ao receberem troco a mais na catraca do ônibus e não avisar ao cobrador. Considera-se aceitável ser nomeado para um cargo público com carga horária de 30 horas semanais, e aparecer apenas cinco, quando aparece.

Não sou incrédulo a ponto de não acreditar que isso possa mudar. Porém, só vislumbro isso possível a meus filhos e netos. Na minha geração mantenho-me disposto a lutar até o último limite das minhas forças. 

Posso não ver a mudança, mas quero morrer com a consciência tranquila de que, pelo menos, a semeei.

 
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