Lições amargas




"Tudo nesta vida serve de lição. Nem sempre são boas lições, mas são sempre lições". Tenho repetido esta máxima algumas vezes e hoje, de novo, preciso recorrer a ela. Minha motivação, agora, é a Educação. O fato do badameco-mor ter adotado o discurso de coisas que não poderia cumprir, fez com que muita gente acreditasse em argumentações sem fundamentação. 

Engoliu-se um candidato a lá "Roberto Carlos" com o refrão: "Eu te darei o céu, meu bem". Foi isso o que ouviram, muitos acreditaram e até levaram outros ao mesmo erro. As promessas falavam diretamente ao bolso: aumento de salário, redução de carga horária, mais tempo livre e 14º salário. Uau! Este mundo é mágico, eu quero viver nele! 

Agora, Inês é morta. O badameco está com a caneta, que para ele é um cetro. 
Sentou na cadeira, mas pensa que é um trono. Debruça-se sobre a mesa de trabalho, achando que é a de banquetear-se.

Neste quadro de horror, as promessas que lhe credenciaram a voltar não passam disso: promessas. Compromisso com elas ou ao menos com os tímpanos que as ouviram? Nenhum! Era só um ajuntamento de palavras que iludisse, enganasse, seduzisse, mas não que o obrigasse a cumprir. 

Não se trata de proposta de governo, plano de trabalho. Não se trata de ter um mapa de intenções. O que se tem é um emaranhado de interesses onde uma serpente quer engolir a outra. Um subalterno querendo o salário do superior. O superior tramando em como se livrar do subalterno sem que se queime com o próprio e com os demais.

Da próxima vez que alguém sair prometendo triplicar salário de funcionário, vai valer guardar algumas perguntas:
1) Como? Em quanto tempo? 
2) Com qual dinheiro?
3) Qual o histórico de arrecadação nos últimos 3 anos? Qual a previsão de crescimento anual? O que fazer para aumentar?
4) Qual o escopo da lei que será enviada à Câmara para mudança nos cargos e salários?
5) O orçamento aguenta esse aumento sem ter que demitir funcionários?

Se o tal candidato não souber responder essas e outras perguntas acerca da folha de pagamento do poder público, feche o bar e passe a régua. É roubada. A mesma que os campo-limpense se meteram ao reconduzir Zé de Assis e seu séquito à Prefeitura. 

Não é boa, mas é uma lição.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe seu comentário...

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | coupon codes