HC: perdeu o busão? Senta e espera




O Hospital de Clínicas Campo Limpo Paulista só faz o transporte de pacientes, após o encerramento das linhas de ônibus, para pacientes acamados ou com dificuldades de locomoção. Se for uma mãe com uma criança, por exemplo, caso não tenham familiares ou amigos que possam ir buscá-los no HC, terão de esperar as linhas de ônibus voltarem a circular. Detalhe: o último horário da linha Krupp, por exemplo, é às 00h30 e o primeiro 3h50.

Agora, para ser atendido com o transporte de ambulância é preciso ter uma cartinha do médico que fez o atendimento atestando a necessidade do serviço. Se tem aqueles que sequer olham na cara do paciente, vão se preocupar como o mesmo vai voltar para casa? Para "facilitar" a vida dos pacientes, o médico atesta a necessidade de transporte e os enfermeiros de plantão é que fazem a avaliação final. Se for o caso de já ter a tal carta, não seria só ir no setor de ambulância e embarcar? Para que mais uma "muralha"?

Em defesa da atual gestão, alguém disse que sempre foi assim. Contudo, a defensora omitiu que o Hospital dispunha de dois horários de retorno para atender qualquer paciente independente da situação: 1h30 e 3h. Esses dois horários também foram eliminados. 

Ademais, se este bando de incompetente sabe fazer mais e melhor que quem saiu, e já alterou até nome de projeto por puro despeito, por que não mudou isso? É coisa de gente só com garganta mesmo.

Dinheiro da pinga é obrigatório
Se o paciente for socorrido pela ambulância em casa, existe uma grande possibilidade das pessoas irem apenas com documentos para serem atendidos. Uma vez medicados e tendo recebido alta, se for entendido que não é acamado e não tem dificuldade de locomoção vai ter de rebolar para retornar.

Segundo um funcionário do HC, há cerca de cinco meses, durante a noite, ficava alguém representando a Prefeitura que, quando necessário, fornecia cartão de transporte gratuito aos pacientes. Hoje, nem isso tem mais. 

Ainda segundo a testemunha ocular, por várias vezes, recepcionistas deram dinheiro a alguns pacientes para pagarem a passagem. Já chegaram a fazer "vaquinha" para pagar táxi, na falta de coletivo. Afinal, na ponta da corda existem seres humanos que se sensibilizam com as dificuldades alheias.

A melhor justificativa
Questionado sobre o porquê da suspensão do serviço, um enfermeiro disse que é "corte de gastos". Será que isso também faz parte da "reconstrução"? Questionei ao funcionário por quê isso nunca foi tratado no Debate CLP. Sua resposta foi que muitos desses pacientes são pessoas humildes que não têm boca para reivindicar direitos, tampouco têm acesso a internet para darem publicidade ao desrespeito sofrido.

Se alguém conhecer algum paciente que passou por esta situação, informe anonimamente aqui no Blog ou no Debate Campo Limpo Paulista, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. 

Uma ação possível e necessária é a formalização da denúncia junto ao Conselho de Saúde. Tratar o tema aqui faz com que o Badameco-mor e sua trupe tome conhecimento, mas para efeitos legais, é preciso que o Conselho receba denúncia formal assinada pela vítima.


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