Olheiros profissionais: Queixas se multiplicam, olhares bisbilhoteiros também


Inspirado em miseráveis fatos reais da vida política de Campo Limpo Paulista. Infelizmente, um modus operandi presente em todas as cidades do país.
Entre algumas queixas, dentre tantas, ouve-se falar sobre falta de remédios; confusão na aplicação de receita; operações-tartaruga por parte dos médicos; falta de carros e motos para a GM atuar; suspeita de corte na Educação (para suposto aporte à Saúde); falta de professores; ineficiência da Assistência Social; não inscrição do município no programa Mais Médicos; sucateamento dos ônibus que fazem o transporte escolar (ainda que o contrato seja generoso); suspeita de nepotismo do porão ao teto; falta de iluminação pública.

Apesar da bola de neve que desce Everest abaixo, há quem finja se importar com essas e outras questões e, em público, faz discurso de paladino da moral e da justiça, exemplo de postura ética e equânime (chama o ugo!). Entretanto, as ações cotidianas, a conduta de bastidor, longe dos holofotes da mídia (virtual ou real), mostram valores muito, mas muito abaixo da maquiagem utilizada para transitar entre os pobres e mortais.

Dado o teor da capacidade de bisbilhotar e observar com a mesma acuidade de um olheiro de futebol, essas pessoas bem que poderiam ter revelado outros talentos no esporte nacional como foi o caso do Grafite (identificado pelo atual vereador Geada), por exemplo. 

O caráter do bisbilhoteiro é de tamanho tão miseravelmente insignificante, que os mesquinhos acreditam mesmo estarem prestando enorme favor ao saírem telefonando ou batendo à porta de gabinetes e salas de trabalho para perguntar: 'O que você estava fazendo com Cicrano?' ou 'Por que Bertrano estava falando com Fulano?' ou ainda 'Por que Fulano, saiu com Cicrano da sala de Bertrano?'

Cresci ouvindo dizer que, se uma pessoa não quis conversar comigo sobre determinado assunto é porque não me interessa! Olha que simples e lógico! Se interessasse, quem de direito faria o que? Viria falar comigo. Como não o fez, não é de bom tom da minha parte ficar interpelando este ou aquele para aferir o que se passa. Desconfio que as pessoas que agem assim sofrem de duas síndromes 1) comigo-ninguém-pode e 2) todo-mundo-só-fala-de-mim. Trata-se de duas doenças gravíssimas e, quando combinadas em um mesmo corpo, tem resultados funestos.

A síndrome do comigo-ninguém-pode, faz com que o portador da doença se sinta acima do bem e do mal. São enfermos sociais que se sentem mesmo melhor que todo mundo, ainda que os discursos ensaiados digam o contrário. Já a outra síndrome surge pelo grau de evolução da primeira. Quanto mais megalomaníaco, mais se acha que a pessoa é o centro das atenções para todo o restante da galáxia.

O tratamento para essas doenças? Em casos normais seria uma dose simples de humildade. Contudo, via de regra, a cura pela humildade não chega por ação voluntária, geralmente, é efeito compulsório provocado pela queda! Madeeeeeeeeeeeeeeeira! Puff!
Pronto, o peão ou peã demora levantar e, quando o faz, é praticamente uma lagarta que virou borboleta.

Sem querer ser profeta do caos, já vejo a serra no pé de muitas árvores. Quem quiser fazer coro, pode afiar o gogó. O que vai gritar? Madeeeeeeeeeeeeeeiraaaaaaaaaaaaa!!!!
Se for caso de não quererem tombar, recomenda-se que parem de cuidar da vida alheia e se importem com as demandas reais que atingem a coletividade e não os egos feridos.

 
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