Carta aberta ao trio jundiaiense na Educação


A/C: senhoras Edma Soares, Aparecida Fátima e Zilda Missi

Esta carta aberta cumpre o papel 
do "quem-avisa-amigo-é".


Para quem nunca tinha visto em bloco:
Fátima, Ackmin, Edma e Zilda
Senhoras, como passamos a ouvir falar das vossas atribuições na Educação municipal de forma um tanto quanto embotada, ficamos em uma situação de desconfiar com os dois pés atrás. Desde a primeira semana de fevereiro, tenho questionado do porquê a nova secretária de Educação não foi apresentada formalmente à população via sítio oficial da Prefeitura na Internet e veículos locais como ocorreu com o atual secretário de Governo.

Passadas cinco semanas, a soma de informações, infelizmente, vai pesando contra as senhoras. Deixo claro que não tenho nada pessoal contra nenhuma das três mesmo porque nunca as vi nem mais gordas nem mais magras. Agora, enquanto servidoras públicas que passaram a atuar na cidade a coisa muda de figura. 

Por óbvio que a presença das senhoras na cidade é decorrente de convite do então prefeito municipal e, segundo se ouve dos servidores da Educação, com carta branca da primeira-dama (a mesma que disse que não iria se envolver no governo).

Deslumbramento compreensível
Chegar em um contexto de indicação é fácil de provocar deslumbramento. Contudo, parece-nos que as senhoras estão precisando de um choque de realidade e um pouquinho mais de informação não envenenada pelos vingativos membros do Clube da Vingança. Assim, acredito que as senhoras poderão ficar melhor situadas de onde estão pisando. Como disse no começo: "quem-avisa-amigo-é".

Tenho notícias de que a dona Edma Soares, por absoluto desconhecimento, disse em uma reunião do conselho do Fundeb que a mesma não poderia ter sido iniciada sem a sua presença. Após ser esclarecido quem presidia o momento, a então secretária municipal de Educação participou normalmente e com o aprendizado que a gente manda onde pode.

Equívocos (não se iludam)
Também fui informado que em reunião com merendeiras, houve uma 'rasgação' de seda desnecessária para o então prefeito. Isso, se as senhoras não sabem, é altamente comprometedor. O Assis é iludido quanto à sua popularidade. Ele acha que tem 60% de aprovação popular. Contudo, não é isso o que as lideranças políticas (inclusive gente que suou a camisa para elegê-lo afirma).

Porquê sou oposição
Pois bem. Ser oposição ao Assis antes, durante e depois do processo eleitoral é uma questão de lealdade à minha própria consciência. Cheguei à cidade em 1994 quando este sr. ocupava o posto executivo pela segunda vez. É um tempo do qual não tenho saudade. 

Vi a transição do que era Campo Limpo antes do Luiz Braz (indicação dele) e do que a cidade se tornou. Não tenho pormenores da batalha que fez os dois romperem ainda no começo do primeiro mandato do Braz. Sabe-se, porém, que Assis queria o Braz como uma marionete, o que, felizmente, não ocorreu.

Oito-vezes-dois
Os anos se passam e chegamos à soma dos 16! Enfim, o confronto eleitoral Luiz e Assis se instaura tal como ele vociferava que desejava. Seu grande intento era executar um projeto de vingança pelo fato do Braz ter tirado dele a possibilidade de mandar e desmandar. Na gana de querer voltar, a estratégia máxima de trabalho não era propôr nada. A única coisa que definiram desde o começo era "grudar" a imagem do Armando no Luiz e dizer que se um ganhasse era o outro quem iria governar. 

Como os eleitores estavam cansados da prepotência do Armando Hashimoto (haviam esquecido da mesma prepotência no Assis), não queriam correr o risco e definiram a mudança como melhor solução. O trágico é que foi uma mudança, pelo que se depura até agora, para muito ruim, aliás, para muito pior.

Expectativas frustradas
Considerando que a velhice não deve ser encarada com um mal mas, sim, uma benção para qualquer indivíduo, era razoável que este sr. tivesse escolhido uma postura, no mínimo, mais lúcida, sensata, equilibrada. 

Se ele tivesse feito uma revisita ao próprio passado com alguma franqueza consigo mesmo (como dizia ter feito), teria adotado um novo discurso e uma outra postura. Afinal, é preciso coerência entre o que diz e o que faz. Se fosse esse o caso, eu não seria um opositor tão contundente. Poderia expressar minhas discordâncias de modo mais suave. 

Se a soma de 70 anos de vida tivesse dado ao Assis a serenidade típica de quem aprende com tantos dias sobre a terra, ele chegaria com um discurso onde poderia reconhecer o que era positivo e apontar as melhorias que ele gostaria de implantar ao ter a oportunidade de governar de novo. 

Seu segundo mandato é notório que não deixou exemplos de sucesso. É uníssono o coro de que ele foi bom prefeito no primeiro mandato (final dos anos 1970, início dos anos 1980). O saldo do segundo é só lamúria. Mas a cidade cresceu, a população aumentou e o registro histórico não está tão acessível a todos em suas escrivaninhas. Alguns têm apenas na cabeça. Agora, o que se vê é apenas a concretização daquilo que os mais experientes e sensatos ponderavam: 'vai ser uma catástrofe'.

Possibilidades pró-ativas
SAÚDE - Seria bem inteligente, por exemplo, dizer que com um novo hospital construído, ele iria trabalhar para garantir excelência no atendimento, colocar mais médicos especialistas. Mas o que preferiram dizer? 'É um absurdo não ter UTI!'; 'Vai morrer muita gente neste hospital' e outras sandices. 

EDUCAÇÃO - Podiam ter dito que iriam se esforçar para ampliar ainda mais o programa de inclusão digital ao invés de simplesmente dizer que a ação não tinha relevância. Na prática, o que fizeram? Pelo que narram os pais, tiraram os equipamentos da sala de aula e até agora não devolveram.

INFRAESTRUTURA - Na questão de infraestrutura, poderiam reconhecer que a cidade cresceu, que houve uma mudança no comportamento dos motoristas que incluíram a cidade como rota para um tráfego ao qual a cidade não está preparada para suportar e que, por tudo isso, iria dar sequência aos esforços do poder público municipal que desde 2009 passou a pleitear a construção do novo viaduto na rodovia Máximo Zambotto (SP-354).

FORASTEIROS - Eles poderiam ter suprimido o argumento idiota contra o fato dos ex-prefeitos Luiz e Armando não serem nascidos na cidade. Ora, isso é uma realidade da esmagadora maioria da população. Se fosse para manter apenas o crescimento por nascidos na cidade, talvez o total de habitantes fosse reduzido a menos da metade. Entretanto, o que se vê? Ao tomarem o poder, fizeram da Prefeitura a República de Jarinu e República de Jundiaí, como cunhou o vice-prefeito Marcos Roberto Martins.

Considerações finais
Isso posto, para não me demonizarem de uma vez, fica aqui algumas sugestões para as senhoras:

1) Cumpram suas funções públicas sem ovacionar quem está sendo objeto de reclamação;

2) Desistam da mania de querer trazer debaixo da asa mais funcionário de Jundiaí com a desculpa que na cidade não tem gente capacitada para o setor de compras, por exemplo;

3) Como as senhoras não conhecem as diferentes realidades sócio-econômicas de cada unidade escolar, atentem para o que dizem as profissionais com mais anos de janela na rede municipal. Elas podem não ter QI mas têm competência;

4) Assegurem-se de fazer com que sejam retomados projetos que já estavam consolidados como Festivais Estudantis (Literatura, Dança, Música, Teatro);

5) Valorizem, de verdade, coordenadores de áreas, supervisores, trios gestores das unidades, professores, merendeiras, zeladores;

6) Lembrem-se que o trabalho de vocês não é bajular ao Assis, mas, sim, assegurar que os alunos da rede municipal tenham uma educação formal de qualidade.

Leia também esclarecimentos sobre o atrelamento da imagem do ex-prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad, às movimentações de cadeiras na cidade <clique aqui>.

1 comentários:

Unknown disse...

EMANUEL VC DISSE TUDO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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