SOBRE REFORMAS TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA


Por Bruno Massolini.

"Queremos uma cidade rica como qualquer cidade pequena para média suíça, um estado rico como o Texas e um país rico como a Alemanha, mas com a política municipal com os conchavos clássicos da política brasileira, com estados irrelevantes​ qual tal nos governos totalitários africanos, e com um governo federal com uma burocracia próxima da soviética.

As reformas trabalhista e previdenciária, por menor do que realmente sejam, são essenciais para tirar o Brasil deste atraso, consequentemente São Paulo e Campo Limpo Paulista.
Sobre a área trabalhista, mais da metade do custo que o empregador tem com o funcionário são com encargos imputados por lei, sendo que um detalhe básico: 70% dos empregos gerados no Brasil são gerados pelo micro e pequeno empresário.

O grande empresário sente o custo de CLT, mas não é tanto quanto o pequeno proprietário de um mercado de bairro, que o pesadelo destes é a contabilidade no final do mês.
Infelizmente, a reforma não reduz verdadeiramente a CLT para ajudar a cortar pela metade o desemprego, mas já ajuda a facilitar esta redução, com a redução do poder dos sindicatos, onde o acordo empregador - empregado começa a ter maior valor, algo que nossa lei fascista de 1942 declarada no governo ditatorial de Getúlio Vargas para ter um maior controle da força laboral (para quem quiser fazer uma pesquisa básica, verá que a nossa lei trabalhista foi inspirada na Carta Del Lavoro de Benito Mussolini, ditador fascista italiano).

Avanços: a possibilidade de fracionamento das férias, que já era algo feito informalmente, especialmente por pais que queriam passar as férias de janeiro e julho com os filhos, e burlavam a lei que obrigava as férias a serem 30 dias sem qualquer fracionamento, no máximo com venda de parte destas e, a maior de todas as alterações; o fim do imposto Sindical compulsório, que este é um dos verdadeiros motivos para a greve de hoje (citarei mais da greve depois), onde com isto, grande parte dos 16 mil sindicatos brasileiros, algo que somos recordistas mundiais (só para se ter uma ideia, nos EUA e Argentina são menos de uma centena), e que temos aumentado este número a cada ano até agora, terão de mostrar o seu valor real para o empregado, como qualquer empresa tenta para vender seus produtos e serviços, se não fecharão por falta de dinheiro, que será o que acontecerá no país onde se tem o fenômeno de ter sindicato de sindicato (pode pesquisar, tem realmente sindicato de sindicalista, que também recebe sua parte do imposto sindical), deixando de serem este 4o poder no Brasil, junto do Executivo, Legislativo e Judiciário.

É o começo para o Brasil entrar no século XXI, onde acordos P2P estão se expandindo diariamente pelo mundo, e nós mantemos leis que obrigam o ar condicionado a estar entre 20 e 23 graus, mesmo a vontade dos funcionários ser colocar este em 19 ou 25 graus, chegando ao nível onde somos responsáveis por mais de 90% dos processos trabalhistas pelo mundo(sim, nós temos mais processos trabalhistas que o mundo todo com sobras), onde uma empresa como o Itaú tem mais processos que o segundo colocado, os Estados Unidos.

Sobre a reforma da previdência, é algo que qualquer um que veja a pirâmide etária brasileira junto dos dados financeiros nacionais, compreenderia que não dá pra manter a previdência como está, e tal qual qual a trabalhista, a reforma previdenciária está ainda longe de solucionar os problemas no setor, mas é um começo (sendo que o próximo presidente terá de fazer mais uma reforma, isso que desde a consolidação de nossa previdência no governo Sarney em transição pro governo Collor, foram feitas reformas no governo FHC e Lula, sendo que estava também na pauta de Dilma reformar o setor).

Estamos com um déficit ANUAL na previdência próximo de 140 bilhões de reais, e mesmo se fosse possível pagar todas as dívidas existentes com o INSS (muitos dos endividados são empresas falidas, partidos políticos, estatais, sindicatos e empresas praticamente mantidas a base do BNDES ,onde nós pagaríamos indiretamente assim a conta), só cobriria o rombo por alguns meses e ele se manteria pujante sem ter algo pra servir de desculpa para justificar a existência do rombo, no máximo utilizando da contabilidade criativa para tentar falar que não existe déficit algum. Infelizmente, não aprendemos na educação básica como funciona um orçamento público e vemos porcamente como funciona a pirâmide etária, que facilitaria a compreensão destes temas.

E para finalizar, a greve de hoje é claramente partidária. Para quem quiser dar uma pesquisada rápida, verá que no dia 28 de março, o PT disse que a greve do dia 31 de março era um esquenta para esta greve de amanhã; diversas lideranças da greve citam que duas das pautas são a luta contra a prisão de Lula e a petição pela anulação do impeachment (que eles chamam de golpe, sendo que foram os mesmos que aprovaram o impeachment de Collor por algo de menor valor monetário, e que foram os mesmos que elegeram Michel Temer como sucessor de Dilma em caso de qualquer impedimento da petista (a última eleição que tivemos onde o voto para presidente foi separado do vice foi em 1960, na eleição de Jânio Quadros (PTN) e João Goulart (PSD), que eram opositores), querendo que a mesma justiça que endossou o impeachment volte atrás), onde será claro ver além das bandeiras de sindicatos, as bandeiras de partidos como PT, PCdoB, PSTU, PCB, PDT, PCO, PSOL, entre outros.

O depoimento de Lula para a Lava Jato seria na próxima quarta feira (foi adiado para o dia 10 esta semana por questão de segurança), e um movimento desses, que muitos (ainda bem que este número tem reduzido) caem achando que será realmente será um movimento em prol dos trabalhadores, mas estão num movimento político em prol de um criminoso.
Um conselho a todos: o PMDB não pensa nos trabalhadores, o PSDB não pensa nos trabalhadores, o PROS não pensa nos trabalhadores, o PT não pensa nos trabalhadores, o MBL não pensa nos trabalhadores, a CUT não pensa nos trabalhadores.

Quem pensa no trabalhador é o próprio trabalhador, e o segundo que acaba pensando mais nele é o empresário, não por caridade ou afeto na grande parte dos casos, mas pelo simples fato que para ter melhores produtos/serviços para fornecer aos clientes, retornando assim em lucro para o mesmo, é preciso ter funcionário bons e dedicados no trabalho, e isto não irá ocorrer pagando mal e tratando mal, tanto que os países que sempre tiveram menos leis trabalhistas, foram os que mais se desenvolveram. Não vamos chegar a riqueza americana com medidas trabalhistas iguais as da Venezuela. Burrice é fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes. (se alguém se ofendeu com essa frase, reclame com o suposto autor dela, Albert Einstein).

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