MAIORIA X MINORIA


[Editado tendo como pano de fundo a macabra Prefeitura de Campo Limpo Paulista, mas é perfeitamente replicável a qualquer cidade do país]

Essa história de povo não representado acho que não é verdade.
As massas estão, sim, MUITO BEM REPRESENTADAS.

Afinal, é uma MINORIA que está, DE FATO, interessada na coisa pública. A MAIORIA se movimenta com o foco: "meu-pirão-primeiro".
A MAIORIA se dá por satisfeita com o ônibus escolar cedido para viagens de fins vários.

A MAIORIA se dá por satisfeita com o milheiro de bloco comprado pelo primeiro vagabundo(a) que se diz representante de alguém ou alguma coisa.

A MAIORIA tem preguiça de ir a uma sessão da Câmara alegando falta de tempo, mas pode passar 4 ou 5 horas num boteco confabulando de quem vai tentar levar mais alguma vantagem.

A MAIORIA não sabe o que é Constituição Federal, mas jura que entende de orçamento público municipal suas implicações e aplicações.

A MAIORIA acha que a distribuição de qualquer meia dúzia de peças de roupa, cobertor e calçado é a grande política pública de assistência social.

A MAIORIA não está nem aí para o fato da folha de pagamento da Prefeitura chegar a extraordinários R$ 7 milhões/mês, com ocupadores de cargo em stand-by que não se conhece nem a forma, quanto mais o conteúdo.

A MAIORIA não está nem aí com o fato das escolas municipais terem problemas graves na merenda escolar (reconhecido até pelos incompetentes governistas).

A MAIORIA não está nem aí com mais de R$ 2 milhões acumulados pela Prefeitura em mais uma sangria do orçamento doméstico que, na teoria, seria para deixar as vias públicas mais iluminadas e, portanto, mais seguras.

Por essas e muitas outras, tenho tranquilidade para dizer que QUEM ESTÁ NA PREFEITURA E NA CÂMARA representa, sim, A MAIORIA DA POPULAÇÃO.

Para a MINORIA resta a possibilidade de ao menos não atrofiar os neurônios pelo exercício constante da construção de argumentos.
Ganhamos robustez ao pesquisarmos dados em diversas fontes e, ainda que como beija-flor tentando apagar o incêndio da floresta, se não mudamos a ignorância da MAIORIA, conseguimos provocar as úlceras dos desqualificados que se dizem gestores.

Diante do exposto acima, uma interlocutora deu enfoque especial a igrejas incluindo evangélicas e católicas. Quanto a isso, complemento que não concordo em colocar holofotes apenas nas igrejas quer evangélicas (que integro) ou católicas (que respeito).

Há muitas outras instituições com favas e favores trocados que sempre são relegadas ao esquecimento. Entre elas as ditas de assistência social, acolhimento, abrigamento ou coisa que o valha. Os partidos de gaveta com seus presidentes incapazes e incompetentes que ou estão em cargos públicos ou têm seus vassalos.

Figuram, ainda, como alvo da troca de gentilezas despudoradas os times de futebol amador com seus presidentes, líderes, diretores ou coisa que o valha sempre tão dispostos a lamber a cocha (no sentido bíblico) de meia dúzia de vagabundo que se diz gestor público.

Os ditos conselhos municipais disso e daquilo, também estão aí só para fazer teatro político. Por fora, bela viola de "participação popular", por dentro, pão bolorento com membros vassalos que em tudo concordam, nunca têm voz para dar publicidade ao que deveriam, muito menos voto para vetar ou aprovar o que seja, de fato, de interesse público.

Isso posto, quando falo de MAIORIA não vou aumentar o peso da pena sobre um setor da sociedade (o religioso) e amenizar, relevar, ignorar os outros. Maioria é maioria com representantes, participantes de TODOS OS SETORES.

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