Assis não é nenhum soberano



Ao contrário do que tenta fazer crer o atual prefeito de Campo Limpo Paulista, ele não é soberano da situação. Como agente público tem legislação a cumprir, limites a respeitar e, por estarmos em um Estado democrático de direito, é obrigatória a existência de quem se lhe oponha. Caso contrário, viveríamos uma ditadura onde apenas uma voz é ouvida e uma vontade prevalece.

Rogério Borges, falecido em agosto de 2014,
continua inspirando a luta por melhorias
Em dezembro passado, durante entrevista à 'Rádio Difusora', do grupo JJ de Comunicação, José Roberto de Assis (PR) fez declarações que pareciam querer mostrar uma total ausência de oposição ao seu governo. Em seu comentário, chegou a mencionar que o vereador Rogério Borges, o Borjão, falecido em agosto de 2014, queria derrubá-lo e que "fazia um barulho muito grande, mas já está superado". 

Ainda sobre o trato com o Legislativo de uma maneira geral, Assis afirmou: "Nunca tive problema nenhum com a Câmara. A Câmara sempre me apoiou."

Diante disso, o vice-prefeito Marcos Roberto Martins, o Marcão, na qualidade de presidente do PROS, legenda que era liderada pelo Borjão, procurou a redação do 'Jornal de Jundiaí' para apresentar a outra versão dos fatos. 
O vereador Leandro Bizetto (PSDB) fez o mesmo e buscou esclarecer a informação de atrelamento quase servil que o prefeito tentou impingir à Casa de Leis.

Leia a seguir a reprodução das notas do 'Jornal de Jundiaí', publicadas na coluna "Pela Ordem", desta quinta-feira, dia 8 de janeiro.

Campo Limpo 1 - Como resposta ao prefeito de Campo Limpo Paulista, José Roberto de Assis (PR), ao grupo JJ de Comunicação sobre sua relação com os vereadores, o vice-prefeito Marcos Roberto Martins (PROS) enviou nota ao JJ Regional dizendo que as bandeiras do Borjão (PROS), vereador falecido e citado pelo prefeito como seu único opositor, não foram esquecidas. "Continuamos a luta porque não era exclusiva dele, era de todos."

Campo Limpo 2 - Marcos Martins (PROS) ainda disse que [a] honra [e] a memória de Borjão são preservadas. "Não abandonamos a batalha. Tanto que o prefeito tem responder a vários inquéritos e ações judiciais." As promessas feitas em 2012, segundo ele, ainda são cobradas por não serem cumpridas. O vereador Leandro Bizetto (PSDB) também, em nota, destacou ao JJ Regional que vota apenas a favor de projetos que beneficiem ao cidadão. Para outros não.

Campo Limpo 3 - Ainda em nota, Leandro Bizetto (PSDB) afirma que foi contrário ao aumento de cargos e salários e votou contra aos três pedidos de suplementação encaminhados em 2014 que totalizaram mais de R$ 15 milhões; não aprovou o reajuste dos subsídios dos secretários que sai dos atuais R$ 8.200 para mais mais de R$ 9 mil. "Ao contrário do que tenta fazer crer o chefe do Executivo, há, sim, contraditório aos seus intentos".

Leia a seguir, a íntegra das notas enviadas ao 'JJ Regional'.

BARULHO, NÃO. FISCALIZAÇÃO
"As bandeiras do ex-vereador não foram
esquecidas. Continuamos a luta, porque não
era exclusiva dele, era de todos e por todos nós"
Em atenção ao que o prefeito José Roberto (PR), de Campo Limpo Paulista, afirmou sobre a atuação do vereador Rogério Borges (Borjão), falecido em agosto de 2014, o vice-prefeito e atual presidente do PROS, Marcos Roberto Martins, em nome da legenda que foi presidida pelo amigo Borjão, ressalta que o legislador não fazia barulho. Ele estava, sim, exercendo seu dever. 
As bandeiras do ex-vereador não foram esquecidas. Continuamos a luta, porque não era exclusiva dele, era de todos e por todos nós. Ele exercia, com maestria, a função de porta-voz. Como o perdemos, honramos sua memória e não abandonamos a batalha. Tanto que o prefeito tem de responder a vários inquéritos e ações judiciais.
É lamentável que um prefeito declare a veículos de comunicação que um Legislador queria "derrubá-lo". Por sucessivas vezes, tanto o Borjão quanto o vice-prefeito Marcão cobraram, veementemente, que as promessas apresentadas à população em 2012 fossem cumpridas "rigorosamente" como foi declarado no dia da posse. Como isso não estava ocorrendo, era e é preciso alertar a sociedade, pois o que está em jogo não são coisas particulares, mas sim, a coisa pública.

PELA CIDADE

"Ao contrário do que tenta fazer crer o chefe
do Executivo campo-limpense, há, sim,
contraditório aos seus intentos"
O vereador Leandro Bizetto (PSDB), de Campo Limpo Paulista, contesta algumas declarações do prefeito José Roberto que deram margem à interpretação de que o Legislativo local esteja a seu inteiro dispôr. A harmonia entre os poderes não significa atrelamento.
A despeito de não ter problemas de ordem pessoal com o prefeito, Bizetto destaca que vota, sim, a favor de projetos que beneficiem ao cidadão. Lembra porém, que foi contrário ao aumento de cargos e apenas alguns salários do Projeto de Lei 571; votou contra aos três pedidos de suplementação encaminhados em 2014 que totalizaram mais de R$ 15 milhões; não aprovou o reajuste dos subsídios dos secretários que sai dos atuais R$ 8.200 para mais de R$ 9 mil e tem sido veemente na solicitação da lista de servidores comissionados para a qual existem reiteradas denúncias com suspeita de excessos que estão lesando, e muito, o erário.
Essas e outras ações deixam claro que, ao contrário do que tenta fazer crer o chefe do Executivo campo-limpense, há, sim, contraditório aos seus intentos que nem sempre prevalecem, mas que não deixam de ser conhecidos da sociedade.

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