Divergir, sim. Digladiar-se, não

O texto a seguir foi escrito tendo em mente alguns servidores da Prefeitura de Campo Limpo Paulista que passaram a cumprir suas funções em razão de terem sido apoiadores do atual prefeito eleito para o mandato de (2013 a 2016).

No calor das discussões (especialmente as políticas), parece que perdemos o equilíbrio, humanidade ou seja lá que nome se queira dar. Por uma decisão absolutamente isenta de influência externa, quero deixar registrado, publicamente, que não tenho, sob nenhuma circunstância, o desejo de ver o mal de nenhum daqueles a quem me oponho. Sou ferrenho no posicionamento no campo das ideias e, não, no pessoal. 


Ao discordar dos posicionamentos e defesas, especialmente daqueles que não têm poder executivo, podem, quando muito serem consultados, o faço por ser leal aos princípios que até aqui acredito e defendo. Se um dia mudar de visão política ou ideológica, também deixarei claro.

Acredito, piamente, que há servidores que ingressaram nesta administração até com algum idealismo, paixão de poder fazer, desejo de melhorar. Isso tudo que vocês estão sentindo, eu e muitos outros também sentiram. Infelizmente, nunca tive poder de mando, assim como muitos daqueles que foram enxotados pelos "manda-chuvas" também não tinham.

Minha pecha com vocês, senhores, é especialmente porque muitos entraram no cenário político com uma motivação clara de tão somente desmerecer a tudo e todos. Nada prestava. Tudo era ruim. Ninguém valia nada. Estando de fora, era tão cômodo dizer que 'ninguém sabia fazer', 'não faz porque não quer', 'são todos incompetentes'. Se hoje dói vocês ouvirem isso, também doía para quem estava dentro e sabia os sapos, grilos, rãs, cobras e lagartos que precisava engolir.

Agora, há seis meses nos locais que antes almejavam ocupar, já devem ter percebido que as dificuldades vão além. Não se trata apenas de ter ou não recursos financeiros. Estes, não são restritos apenas em Campo Limpo Paulista. Os protestos estão aí Brasil afora para atestar. A gestão pública, infelizmente, está muito aquém do que idealizamos. A burocracia não é um negócio que alarma apenas à população. A esta altura, vocês já devem estar percebendo que existem mais muralhas do que pontes nos meandros legais.

Não tenho a mesma condescendência com indivíduos de primeiro escalão (especialmente secretários). Mas quanto aos demais níveis, acho de bom tom que, ao refutarem uma reclamação, não sejam jocosos ou jactanciosos. A 'paixão', às vezes, bate à porta e complica um pouco, ou muito, a argumentação.

Entretanto, em razão da função que ocupam, acredito que um esforço concentrado vai valer a pena. Se não der para conter a ira, o melhor é não dizer nada. Apesar de falar bastante, quando era vidraça, já optei muitas vezes pelo silêncio. Vi postagens que me deixaram "babando" o veneno, cheguei a redigir respostas e, de repente, apaguei. Arrependido do tempo perdido na redação da resposta, mas tranquilizado pela certeza de não acirrar ânimos.

Dedico esta mensagem especialmente ao senhores Odair Ferreira Junior e Rogério Censi. Isto não significa que estou baixando a guarda, nem colocando bandeira branca no mastro, mas, só para deixar claro que se vocês querem a construção da cidade, eu e tantos outros também. Possivelmente, vamos divergir sempre no tamanho da parede, no bloco a ser utilizado, no material para a argamassa. Mas, desejar o mal mútuo, jamais. Paz e bem a todos.

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | coupon codes