Se não sabe fazer, transfira a culpa


Esta semana, foi bem divertida e agitada. Depois de ter sido dito que o Teatro Municipal Ayrton Senna era um ambiente inadequado para a frequência de grande público em função de ácaros no carpete, e, horas depois, o motivo para o fechamento, sem prazo determinado para abrir, ocorre por um pseudo risco estrutural no prédio principal. Na verdade há, sim, rachaduras no anexo que fica atrás do palco. Eu mesmo vi isso já em meados do ano passado.

Após a postagem, não oficial, apenas em grupo do Facebook sobre a "tragédia anunciada", as manifestações de indignação de "especialistas" de toda ordem se multiplicam. Desde que começou a boataria, estou questionando a apresentação de laudo técnico assinado por engenheiro civil, mas, desde quarta-feira, 6, nada apareceu. Como, naturalmente, tem os que me detestam apenas por não endossar seus discursos, sou acusado de estar defendendo o ex-prefeito.

Contudo, sempre deixei muito claro que nunca estive no topo de sua lista dos beneficiados. Muito pelo contrário! De qualquer forma, não sou nutrido por sentimento de vingança. Apenas não vou ler, ver e ouvir uma série de afirmações levianas e ficar quieto.

Como perguntar, não ofende, como bem dizia o saudoso jornalista Geraldo Dias, vamos lá:
Quando o novo coordenador de Cultura assumiu a pasta, o slogan adotado foi: "Cultura em Ação!!" Uau! A revolução cultural jamais vista nem em São Paulo ia começar em Campo Limpo Paulista. Como parte das "novas" ações a cia de teatro Rick & Kelly ensaiou no palco italiano do teatro, (valei-me!) tão perto do perigo de morte e assombro que aquele lugar tenebroso provoca.

No dia 17 de janeiro, "rolou a gravação de uma música em homenagem ao estado de SP com o Coral da Krupp no Teatro Ayrton Senna". A quanto perigo foram expostos os coristas!

No dia 18 de janeiro, após uma pessoa questionar sobre a agenda de apresentações no Teatro Ayrton Senna a resposta foi: "No momento estamos agendando ensaios e eventos com produções de "terceiros". Em breve vamos estar produzindo pela Cultura alguns espetáculos e festivais. E pode ter certeza que assim que a gente terminar de montar a agenda com todos os shows, eventos, etc, vamos divulgar em muitos meios, inclusive aqui no Face."

Alguns dias depois, surge toda essa balbúrdia. Bem. Quando a nova equipe passou a ocupar os cargos, não necessariamente cumprir com suas atribuições, a rachadura já existia. O risco iminente da morte de "dezenas" era real! (sic!). Ao ocuparem o prédio, os novos gestores foram apresentados à tenebrosa rachadura. Nesta apresentação, já foi mostrado que parte do prédio, especificamente o anexo onde ficam os camarins já estava isolado. Sendo assim, não era caso de, na largada, anunciar que o espaço não poderia ser utilizado?

Por que uma das entidades prejudicadas com o fechamento, sem prazo para reabertura, ainda não dispõe de cópia do laudo que atesta o risco estrutural?

Seria tão complexo colocar o referido documento em máquina desenvolvida para a produção de fotocópias? A garantia da emissão do documento foi no início da semana, dia 5. Até sexta, dia 8, tiveram mais de 259 mil segundos para produzir a cópia. Se for considerar apenas o período de trabalho (ninguém é obrigado a levar dever pra casa) são mais de 86 mil segundos.

Considerando, ainda, que para pegar um documento já existente, colocar na máquina, fazer a cópia, retirar e deixar separado para entregar a quem o solicitou não deve tomar mais do que 180 segundos... resta esperar.

Um pouco de música popular para complementar o raciocínio.

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