Hoje, aprendi uma nova modalidade de atuação na
gestão de recursos humanos no poder público, para aqueles que exercem cargos em
comissão. Primeiro, você explora o servidor até a última gota. Daí, depois que
os procedimentos básicos já foram devidamente anotados e copiados, os
responsáveis mandam "cantar", por algum recepcionista –diretores e
coordenadores estão ocupados demais para tal–, a seguinte mensagem: "Hoje,
é seu último dia nesta função. A partir da semana que vem, você aguarda em casa
para saber suas novas atribuições".
O servidor fica decepcionado por receber a
informação de modo tão frio, já na última hora, do último dia útil, daquela
semana que se sentiu importante na prestação de serviços, não a este ou àquele
gestor, mas ao cidadão. Depois de alguns dias 'aguardando ser chamado', um
balde de água fria é virado sobre a cabeça da pessoa. Melhor, o indivíduo é
mergulhado num tambor de nitrogênio.
Hoje, eu fui o mergulhador de meu pobre
ex-colega de Prefeitura. Foi eu quem lhe transmiti a notícia que seu nome já
figura no Portal da Transparência –o mesmo que ia ser criado em 2013, mas já
tem publicações desde 2011–. Quando contei, a reação foi: "Ah, é? E quanto
eu vou receber?"
Seria cômico, não fosse trágico. O nome do ex-servidor já está na lista dos que tiveram rescisão do contrato de trabalho ao menos desde o dia 9 de fevereiro. Hoje, por boca de terceiros, a minha, é que a informação se tornou clara e indiscutível. Forma bastante gentil de atuação, não? Enfim, é a tão sonhada mudança que foi slogan de campanha. Pelo menos esta promessa está sendo cumprida em tempo recorde.
Seria cômico, não fosse trágico. O nome do ex-servidor já está na lista dos que tiveram rescisão do contrato de trabalho ao menos desde o dia 9 de fevereiro. Hoje, por boca de terceiros, a minha, é que a informação se tornou clara e indiscutível. Forma bastante gentil de atuação, não? Enfim, é a tão sonhada mudança que foi slogan de campanha. Pelo menos esta promessa está sendo cumprida em tempo recorde.
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