
Em tempos de Lava-Jato, e demais operações filhotes, a brasileirada está entorpecida pelas muitas versões de um mesmo fato. Afinal, a cada vez que um delator, ou melhor, colaborador premiado, conta um conto, é possível esquecer ou lembrar de algum ponto. Que o diga a Marisa Letícia que, como defunta ainda quente, se tornou a única pessoa capaz de desvendar os mistérios de um tríplex no litoral paulista ou de um sítio cuidadosamente preparado para receber o maior larápio da história. Não sou o tipo que diviniza ninguém que morre. Mas a "pobrezinha" merecia melhor tratamento de sua memória, não é mesmo? Ainda bem que foi o próprio marido que praticou a desonra. A derrama com dinheiro que é público, mas não infinito, sai cruzando ares ou estradas...